21 novembro 2018

Hungary Trip III - Mátyás Templom

Szia!
Meu segundo dia na Hungria começou na cidade de Budakeszi, onde eu estava hospedado, na casa da minha amiga Cecilia. Essa pequena cidade encontra-se separada de Budapeste pela serra de János-hegy, porém a distância entre ambas não é maior que 20km, de carro ou transporte público.
Cecilia e eu tivemos a tarde livre para desenhar, e assim escolhemos o Distrito do Castelo.

Mátyás Templom

"Esta Igreja é o coração do país, tendo preservado este nobre papel durante todo o curso da história. Aos pés de Maria, nesta igreja, repousa toda a história húngara, com todo o seu esplendor e obscuridade, graça e amargura, alegrias e tristezas, virtudes e maldades, apogeu e caos."

Essas palavras de József Mindszenty resumem bem a história milenar desse templo que foi consagrado no ano de 1.015, por St. István, o fundador da nação húngara.

Mátyás Templom é hoje, na verdade, o resultado de inúmeras construções e reconstruções que se acumularam com os séculos. O que se vê hoje é, em grande parte, o seu feitio gótico do século XIV, somadas as interferências realizadas em um grande processo de renovação realizado entre 1873 e 1896, pelo arquiteto Frigyes Schulek.
Apenas para citar alguns acontecimentos históricos que testemunhou, a igreja foi transformada em mesquita durante a invasão turca, no século XVI. Foi severamente danificada na 2º Guerra Mundial, servindo como acampamento e estábulo dos exércitos alemão e soviético.
Após a 2º Guerra passou por longo processo de restauração entre 1950 e 1970 e depois entre 2006 e 2013.

De sua fachada oeste, retratada em meu desenho, destacam-se três partes distintas: a "King Béla Tower", encimada pelo telhado colorido, o corpo central com frontão triangular e rosácea, além da torre sudoeste, com 78 metros de altura. Um fato curioso é que a rosácea foi 'encontrada' pelo arquiteto Frigyes, entre as camadas de pedras da parede, durante a renovação do século XIX.

No desenho, em primeiro plano, temos também a Coluna da Santíssima Trindade, erguida em 1709 para celebrar o fim da Peste Negra que assolou Budapeste em duas ocasiões.

Eu fiz o desenho inteiramente no local. A cor alva da fachada ganhou tons alaranjados com o cair da tarde, assim como céu tingiu-se de um tom rosado. Interessante como um desenho captura a passagem do tempo, e portanto nem sempre é coerente com a realidade, nesse sentido. Luzes, sombras e cores podem não estar em perfeita sincronia, embora exatamente reside ai, a beleza e espontaneidade do desenho urbano: no imprevisível.


My second day in Hungary started in the small city of Budakeszi, at Cecilia's place, where I was staying for a few days. Budakeszi is only 20 km far from Budapest's city center by car or public transportation.
Cecilia and I had some free time in the afternoon for sketch. We chose the Castle District, up in the hill.

Mátyás Templom

"This Church is the heart of the country, having preserved this noble role all through the course of history. At Mary's feet, in this church, lies the whole Hungarian history, with all its shine and dull, bright and bitter cold, joy and sorrow, virtue and evil, zenith or turmoil."

These words from József Mindszenty sum up really well the milenar history of this temple, which was consagrated in 1015 by King St. Stephen, the founder of the Hungarian nation.

Mátyás Templom we see nowadays is the result of centuries of constructions and renovations. Its Gothic features were regained in the XIX Century, under a big renovation process, led by the architect Frigyes Schulek, who also add his own design to the building as seen in the south tower.

In my drawing you can see the three different portions of the west facade: the Bela Tower with its colored tiles, the central portico with the rose window and the 78 meters south tower. In front of the church there is the Column of the Holy Trinity (1709) which celebrates the end of the Black Plague.

The almost white facade got an warmer color as the sun was setting, as well as the sky on the horizon.
It's interesting to see that a drawing sometimes shows the passage of time, even inconsistently. Not always shadows or colors are 'correct'. They change all the time in the real world, and so our drawings reflects that. And this is where the beauty of drawing on location actually lies on. On the unpredictable.

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