Esse post tem a função de dar um breve descritivo das técnicas que empregamos, bem como explicar os marcadores (categorias) em que estão divididos os trabalhos.
Aquarela:
A montagem do desenho pode ser a grafite ou a nanquim. Se a base for à grafite, a pintura prevalecerá sobre o desenho, tornando a imagem mais leve e delicada, como vemos aqui. Já com base a nanquim, a imagem será mais informativa, pois o traço da montagem reforçará o desenho. É uma variação sutil, mas importante na definição do caminho a seguir.
Na minha opinião a aquarela com contorno a nanquim fica mais comercial, por isso às vezes mais interessante quando o propósito é ilustrar um empreendimento, transmitindo uma idéia direta ao cliente, como se vê aqui.
Em alguns trabalhos, como o do Haras Larissa, fizemos uma mistura de grafite e aquarela. O conceito dessas imagens é: pintar a vegetação, água e céu e deixar a grafite as construções pessoas e carros. O resultado é elegante e bem singular, e foi usado em um empreendimento de alto padrão, como o Haras.
Computação Gráfica:
Utilizamos o programa Autocad para executarmos as modelagens em 3D para as perspectivas que produzimos. No caso das renderizações, utilizamos o programa 3D Studio Max. Procuramos levar nosso enfoque artístico inclusive para as imagens renderizadas, sempre buscando o melhor ângulo e o melhor jogo de luz e sombra (veja aqui).
Utilizamos frequentemente programas gráficos, como o Photoshop, para acrescentar detalhes importantes, reforçar e até corrigir algum detalhe das imagens, inclusive nas feitas a mão.
Estudos Pessoais:
Desenhos e aquarelas diversas, de temas variados geralmente com base em fotografias e feitos em casa. O tema frequentemente vem de fotografias de viagens (como esse). Nessa categoria estão também os desenhos que foram utilizados nos cartões de natal.
Grafite:
Foi a primeira técnica que desenvolvi em minha carreira, e é a que tem mais apelo com arquitetos, porque o lápis é, ainda, a ferramenta de muitos. Consegue-se um rigor técnico alto, com detalhes apurados, texturas ricas e resultado elegante.
É ideal para perspectivas de interiores, principalmente quando o arquiteto não quer se comprometer com cores em uma fase inicial do projeto. Veja aqui um trabalho nessa técnica.
Lápis de cor:
Uma das técnicas mais difíceis. Pode ser usado isoladamente, com contorno a lápis (como esse) ou com contorno a nanquim (como esse). Em geral uso o lápis de cor como complemento para outras técnicas (como aquarela e markers), para criar texturas e degrades.
Markers:
Markers são canetas hidrocor profissionais, específicas para desenho. Em geral uso Prismacolor, Promarker e Tria. Com elas são feitos desenhos mais fortes e expressivos. Sua aplicação é rápida, mas necessita de realces com lápis de cor e contorno a nanquim (como esse).
Nanquim:
Usado como base para aquarelas, lápis de cor e marcadores. Pode também ser utilizado como um desenho final, só de traços (como esse), e principalmente em desenhos de locação, (como esse).
Plantas baixas:
Nessa categoria entram as plantas baixas e implantações de projetos. A decoração e paisagismo geralmente é passada pelo arquiteto/incorporador, mas já houve casos em que desenvolvemos essa parte por nossa conta, quando não há projetos específicos. no caso das plantas baixas, usadas para empreendimentos, fazemos a base em Autocad, colorimos na prancheta e incrementamos no Photoshop (exemplo). Nessa última fase acrescentamos texturas e padrões, criamos efeitos de luz e colocamos objetos pequenos. As implantações grandes podem ser feitas com diversas técnicas, como em aquarela (exemplo).
Urban Sketches (Sketchbook)
São os desenhos de locação, ou seja, feitos exclusivamente no local do tema. Também podem ser chamados de desenhos de observação ou 'on-the-spot'. São feitos em sketchbook. A minha regra é não fazer ajustes, adições e nem edições posteriores nos desenhos, por enquanto (esse conceito talvez mudará). Assim, quando eu fecho o caderno, congelo o tempo (veja aqui). O que deu para fazer, com aquele material e tempo disponível, é o que ficará no caderno.
Às vezes faço colagens ou escrevo alguma coisa a respeito do tema nas páginas dos sketchbooks (veja aqui).
20 maio 2009
Sobre as Técnicas
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Ilustrações Arquitetônicas
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Parabéns pelo trabalho!
ResponderExcluirSou Paisagista e pesquisei bastante sobre o Haras Larissa.
As pinturas em todas as técnicas sobre as plantas em Cad ficam lindas
Roberta Fanucchi
roberta.fanucchi@ig.com.br
Legal Roberta, obrigado.
ResponderExcluirNós misturamos pintura à mão com photoshop nessas plantas. O photoshop é interessante para acrescentarmos texturas.
Olá Eduardo.. Como vai?
ResponderExcluirParabéns pelo seu trabalho.. estou impressionado com a qualidade dos detalhes de seus desenhos.. a variedade das tecnicas utilizadas.. muito bom mesmo.
Gostaria de saber duas coisas.. Na tecnica de lapis de cor, você usa o lapis comum mesmo, ou o aquarelado?
Qual o tipo de papel que você costuma usar em seus desenhos? Principalmente nas tecnicas de aquarela e a lapis.
t+
Olá Denis!
ResponderExcluirAgradeço o comentário.
quanto aos lápis de cores eu uso de 2 tipos: aquarelável e comum. Não faço diferença, até porque não uso água nesse caso. Tenho estojos Carandache e Derwent.
Quanto aos papéis: sulfite comum para grafites e lápis de cores. Para aquarelas uso bastante o Arches, um papel excelente, mas que está muito caro. Eu comprei um Saunders Waterford, que achei muito bom tb. Preferencia para tipos Cold Press, que permitem um detalhamento melhor.
Abs!
Olá, parabéns!
ResponderExcluirEstou começando, e é de grande valor suas dicas sobre Aquarela.
Se tiver um tempinho, e poder olhar meu Blog, agradeço!
adsigna.blogspot.com
at+
Olá, seus desenhos são impressionantes, parabens.
ResponderExcluirEstou no primeiro ano da faculdade de arquitetura e urbanismo, queria saber como voce começou nesse tipo de trabalho, se foi dificil.
Eu tambem gosto muito de desenhar,mas desenho mais pessoas, agora que comecei a experimentar outras tecnicas.
Obrigado!
http://arth-and.deviantart.com
Arthur. Eu queria ser arquiteto, mas nunca me dei bem com obras, infelizmente. Mas sempre desenhei e desde a faculdade já fazia perspectivas para arquitetos. E a vida foi me direcionando cada vez mais nesse caminho.
ResponderExcluirSe vc realmente gostar, nunca será dificil, apenas enfrentará as mesmas dificuldades que todos enfrentam hoje dia: trabalhar muito para ganhar o pão nosso de cada dia, prazos, cobranças pessoais. Normal. Mas fazer o que gosta é o essencial.