27 abril 2012

Ilustrações Científicas

A otorrinolaringologista Francini Pádua  me procurou com o intuito de fazer ilustrações cientifícas. As ilustrações seriam usadas em seu site e no dia a dia do consultório, para explicar a seus pacientes as doenças e os procedimentos cirúrgicos.
Como ela queria desenhos feitos a mão, optamos pelo lápis de cor.
Este trabalho foi um desafio realizar. Muita pesquisa foi feita e inúmeros rascunhos desenhados para que eu e a cliente pudessemos refinar as ilustrações, de forma simples, didática e ao mesmo tempo apurada.
Foi bom sair do trivial e fazer algo diferente. 
Aqui vão algumas dessas ilustrações (adenóide, ouvido, seios da face e amigdalas) :

Em todas as situações acima, estão representadas a anatomia sem as doenças. Para todos os casos acima foram feitos diversos desenhos, representando as doenças e os devidos procedimentos cirúrgicos.
O conjunto abaixo mostra a adenóide e suas diversas implicações: normal, inflamada, inflamada, procedimento e removida.
Enfim, foi um interessante trabalho para ser feito.
Como curiosidade, posto aqui também um desenho prévio: eu fiquei tão empolgado colorindo os olhos que eles tiraram toda a atenção que deveria ser dada aos seios da face. Por isso, fiz o mesmo desenho com os olhos fechados na ilustração final.

26 abril 2012

Resultados do 35º Sketchcrawl


Amigos, o Sketchcrawl foi demais!
Na sexta-feira passada, o André, da Papelaria Universitária, veio pessoalmente me trazer os kits! Adorei a camiseta, o bloquinho de Canson que ele fez especialmente para nós, e as canetinhas nanquim Sakura, que são show de bola.
Foi, sem dúvida, uma atitude bacana da Papelaria Universitária. Eu fiquei muito contente com a parceria, e acredito que isso ajudou a deixar o evento mais animado. Certamente teremos mais coisas boas nos próximos!
Cheguei às 10 em ponto, e para minha surpresa, já havia mais de 30 pessoas lá!! 
Os kits acabaram por volta das 10:30...e nada de chuva, Graças a Deus.
Contei, entre todas as fotos, 55 participantes! Um número incrivel, e um uma rica herança do Montalvo Machado, que começou a organizar o Sketchcrawl em São Paulo em 2009.
Fiquei muito contente de ter participado mais de perto na organização desse sketchcrawl. Confesso que nunca me vi nesse papel antes. Nem dar aulas passava pela minha cabeça...isso prova que devemos ficar atentos às oportunidades que apontam por ai...são pequenos sinais que nos indicam as trilhas da vida, na minha opinião.
O Centro Cultural foi uma ótima escolha...sugestão do Hugo Paiva, que já foi lá algumas vezes. Há infinitas possibilidades de desenhos, faça chuva ou faça sol.
Fiquei fascinado com a vivacidade do lugar. Um espaço realmente feito para o cidadão, muito democrático, muito acolhedor...Quero voltar lá muitas vezes mais.
 














 Aqui vão meus desenhos:


O desenho acima foi feito em uma circunstância especial. Um amigo do Hugo Paiva perguntou se o morador de rua posaria para nós, e para nossa surpresa ele respondeu que sim! E para satisfação de todos, foi um ótimo modelo, quase não se mexendo, embora ria sozinho algumas vezes.
Foi meu primeiro retrato urbano e foi uma experiência fascinante.
Deve ter sido pra ele também...foi notado, foi observado e analisado com respeito. Foi uma pessoa realmente importante novamente, por alguns minutos que fosse. Assinou seu nome nos desenhos e datou.
Ganhou o dia, alguns bons trocados e alguma história para guardar.
Nós também.
Foi o desfecho de um grande dia.


15 abril 2012

35º WWSketchcrawl em São Paulo

Amigos apaixonados pelo desenho.
Sábado próximo, dia 21 de abril, teremos mais uma edição do Sketchcrawl, a maratona mundial de desenho criada pelo Enrico Casarosa.

Vamos nos encontrar no Centro Cultural São Paulo, na Rua Vergueiro, apartir das 10:00hs.
O horário é livre, os temas são livres, não precisa se inscrever nem pagar nada.
Basta ir, e desenhar.
O Centro Cultural nos brindará com ótimas oportunidades de desenhos, tenho certeza que será muito divertido juntar toda a galera outra vez.
Vamos lá! Vamos compartilhar algumas horas agradáveis juntos, desenhando, conversando e interagindo com essa cidade que tem ainda muito a nos oferecer.

14 abril 2012

Mais da Pompéia

Mais algumas pinturas feitas diretamente com marcadores. Nota: escrevi 'desenhos' primeiro. Mas, porque não 'pinturas'? Se foram feitos diretamente com cores, sem base previa de desenho e trabalhados por massas? Porque não chamar de pinturas? Ah, penso eu...talvez por causa do suporte? Papel, ao invés de tela? Mauricio Takiguthi, me ajude nessa...rsrs.
Rua Guiará.

Poste de luz na rua Cajaíba.

Rua Dr. Augusto de Miranda

Sumaré - Torre do SBT

12 abril 2012

Nas ruas da Pompéia cresci


Nas ruas da Pompéia eu cresci.
Joguei bola, esconde-esconde, policia e ladrão, beijo abraço aperto de mão.
Na ladeira meus carrinhos corriam. Assim como a bola e os moleques na cola.
Busca-pé, fogueira, São João.
Primeiros olhares. Beijo na bochecha, sorriso no rosto.
Brincadeiras e brigas. Taco e Porrete.
A policia e o ladrão.
Do chute na cara, da faca quebrada, do dedo torcido.
A construção da rampa, o terreno carpido, banho de esguicho.

Nas ruas da Pompéia eu andei.
Na volta da escola, na volta da rua.
“Hora da janta!”
No asfalto meu cotovelo um dia ficou. O skate, no buraco estancou.
O menino cresceu.
As tardes encurtaram.
O humor oscilou. Emburrou.
E continuou crescendo, aquele menino.

O skate abandonou.
O beijo à boca chegou, a mão aos peitos. Fumaça, fogo e incêndio.
O recreio virou cervejada.
A aula, uma ideologia.
Arquiteto um dia seria.

A família no carro já não tinha mais graça.
Caros amigos, fiéis namoradas. Postos na estrada.
Cheiro de cana queimada no ar.
E a barra é bonita demais.

No papel, o impossível acontece. Na parede, apenas tinta e pincel.
Do projeto à construção, da construção à decepção.
É o desenho, a minha paixão.

Nas ruas da Pompéia, eu cresci.
O menino virou homem, juntou e casou.
Explorou fora.
Investigou dentro.

O copo um dia secou, o papel um dia molhou.

Os quintais viraram garagens.
O jardim da frente, guaritas.

Nas calçadas eu sento.
Bom dia, Boa Páscoa.
Cumprimento.

A criança colori, o menino desenha.
Caderno no colo. Bunda no solo.

Na Pompéia envelheço.

E a paixão eu desenho.

09 abril 2012

Esquina no Bairro da Pompéia.

Fiz este sketch diretamente com marcadores, sem construção linear prévia. O intuito aqui é se aproximar o máximo possível da pintura pictórica. Sei que ainda há um longo percurso pela frente. Por enquanto estou adaptando uma midia que tenho certo dominio(marcadores) para, no futuro, trabalhar com óleo. A grosso modo, o conceito é trabalhar a partir de grandes massas de cores e ir diminuindo-as pouco a pouco, até configurar a pintura, evitando detalhes e trabalhando com sugestão (em oposição à descrição).

Eu tirei uma foto bem no início do processo, quando lancei as primeiras massas de base. Nesse ponto eu cuidei de achar a proporção certa e a composição do desenho. Pequenos ajustes de perspectiva podem ser feitos pouco a pouco.
Em julho deste ano, durante o IIIº Simpósio Internacional de Urban Sketchers, a ser realizado em Santo Domingo (RD), eu darei um workshop sobre esse conceito. Está sendo um desafio para mim, confesso. Não é um tema fácil para mim, que sempre trabalhei com perspectivas lineares. Por outro lado, estou descobrindo um universo inteiramente novo. E é isso que espero transmitir.
No segundo semestre aplicarei este workshop aqui no Brasil, com o label oficial do Urban Sketchers, o que siginifica que o workshop passou pelo crivo do comitê internacional responsável pelos workshops.
Motivo de muita satisfação pessoal.

E vamos em frente, desenhando sempre!

03 abril 2012

The Wall

Domingo tive o privilégio de ver ao vivo "The Wall" o grandioso musical do  Roger Waters. As músicas são verdadeiros clássicos e os efeitos visuais são arrebatadores. Chegam a ser indescritíveis. É o tipo de coisa que não adianta ficar explicando. Só vendo mesmo.
Bem, hoje tem show de novo, e se pudesse iria novamente.
Fiz este desenho enquanto esperava o show começar. Levei cerca de 2,5 horas para fazê-lo. Meu amigo Gino Olivato me ajudou segurando seu i-phone para iluminar o papel, quando estava quase terminando e já estava escuro.
Logo que comecei ouvi uma pessoa atrás de mim falando: "Não é mais fácil tirar uma foto?"