Após a modelagem em Autocad (ou outro programa gráfico) eu imprimo a vista selecionada e faço dois estudos, sobre a mesma base.
Primeiro, realizo todos os possíveis e necessários ajustes no desenho. Incluo qualquer item que não foi contemplado na modelagem, principalmente a vegetação. Feito isso, eu faço um estudo de sombras, definindo qual o melhor lado para ter incidência de luz e por consequencia em que direção estarão as sombras. Isso pode ser feito preferencialmente seguindo o norte do projeto em questão. Infelizmente isso nem sempre é possível - para o caso de uma fachada principal estar voltada toda para o sul, por exemplo. Nesse caso vale a pena manipular a imagem, e escolher uma das faces para receber luz direta do sol. Seria, como dizem, uma licença poética, perfeitamente cabível em um desenho de apresentação artístico.
O segundo passo é fazer um rápido estudo tonal e de cores. Isso pode ser feito em cima da própria base.
Dependendo do caso, eu uso marcadores ou lápis de cores para esse estudo. A vantagem dos marcadores é a velocidade e por ele criar áreas chapadas, que facilitam a leitura. Já o lápis de cor permite manter o grafite por baixo, sem perdê-lo.
Depois desse estudo eu parto para o desenho final. Eu tenho descoberto muita coisa com esses estudos, como balancear ou repetir cores, avaliar o peso das áreas sombreadas, enriquecer a composição, etc. Eu crio um requadro para os trabalhos nessa fase também.
Assim eu parto para a artefinal sabendo o que vou fazer, até onde posso ir, e ainda tenho uma idéia melhor das áreas que exigirão mais atenção e concentração. É útil também para colocar as cores no papel já no peso certo - isso porque na aquarela não é muito legal ter muitas sobreposições. Antigamente, minhas aquarelas eram muito 'lavadas' justamente porque as começava leves demais - agora eu já dou o peso certo ou pelo menos bem próximo daquilo que pretendia.
Neste post sobre o trabalho da Copema, eu falei um pouco sobre isso, mostrando alguns desses croquis iniciais.
Bem, seguem dois exemplos que ilustram um pouco desse processo, para o trabalho da Cia Marítima (ver esse post).
E aqui, uma fachada do arquiteto Marcos Tomanik. Neste caso, eu me preocupei principalmente em chegar na cor exata exigida pelo cliente (sempre anoto a combinação de cores) e estudar as sombras.
Para as aquarelas do Sketch!Jazz eu também fiz esses estudos...
E no caso das aquarelas do Sketch!Jazz incorporei alguns sketches feitos nas próprias sessões, como esse:
É isso. Oportunamente criarei mais posts como esse, mostrando meu processo de trabalho.
Abraços!!
Seus posts são sempre recheados de uma carga inestimável de aprendizado!
ResponderExcluirValeu Edu!
Abraço.
Obrigado vc meu caro!
ResponderExcluirAbraço!
acompanho seu trabalho, são muito bons. Parabéns e um ótimo 2012!
ResponderExcluirValeu Mario! Ótimo 2012 pra vc tb!
ResponderExcluirEdu adorei essas dicas.Olha!! acho que vc tem que voltar aqui denovo para explicar essas coisas com mais detalhe.
ResponderExcluirSó marcar! Já sinto saudades de SL!
ResponderExcluirMuito legal Edú...!!!
ResponderExcluirhi eduardo! Great post! Looking forward to seeing more of these.
ResponderExcluir(sadly when I have to do a perspective sketch in the office I need have time for doing studies. Just a few hours from start to finish (including buidling a 3D model!!!)
Yes Liz, that's why architectural studios often ask me jobs - they never have time to it by themselves!! Thanks for you comment!
ResponderExcluir