31 julho 2011

Lisboa 2011 - Parte II

Ainda no meu primeiro dia em Lisboa, segui com João Pinheiro ao Mirante de São Pedro de Alcântara, no Chiado. Aos nossos pés, um ladrilho urbano de telhados castanhos, que se distanciam nas colinas do outro lado da Baixa Pombalina. Ficamos sentados em um banco, tomando um sol agradável e conversando o tempo todo. A cerveja do copo deu lugar à água colorida da aquarela. Ali perto estavam Fabien Denoel e os filhos de Gerard Michel, mas eu nem desconfiava quem eram. Mais tarde Fabien disse-me que eu e o João pareciamos duas velhinhas tricotando sentadas no banco da praça.
Bom, este é o desenho que fiz lá:

Comecei por delinear o castelo, marcado à direita dele alguns pontos para incluir as torres da Catedral da Sé e o Tejo. Do outro lado, deixei papel suficiente para incluir algumas torres de igrejas e o que mais fosse possível. Passei um bom tempo hesitando se devia ou não usar a aquarela. Felizmente pintei, e fiquei feliz com o que fiz. Lisboa prometia.
De lá seguimos andando aleatoriamente e fomos dar em uma sequência de ladeiras e escadarias próximas a Rua da Bica. Nessa altura o vento estava muito forte e, por incrível que pareça, frio! A ponto de nos interromper no desenho seguinte.

Comecei o desenho direto com marcadores, o que foi uma boa escolha. Elaborei o elevador da Bica (em amarelo) um pouco mais posteriormente (dica de Frank Ching !). Nessa página há dois pequenos desenhos feitos em outros dias.
Mais uma cerveja, mais frio e terminamos jantando em um restaurante movimentadíssimo, sentados no balcão, já extasiados pelo que havíamos visto e ansiosos pelo dia seguinte.
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Still in my first day in Lisbon, I strolled with João Pinheiro until the Mirante de São Pedro de Alcântara, an amazing belvedere, at Chiado.
At our feet, a huge pattern of red roofs vanishing at the hills in the other side of Baixa Pombalina.
We stayed sitting in a bench, under the sun and chatting all the time. The beer in the glass gave room to the colored water. Nearby were Fabien Denoel and Gerard Michel’s sons, but I had no idea who they were. Later, Fabien told me that I and Joao looked like old ladies knitting.

I first planned what I wanted to include in my drawing. The main spots were on the right. So, I delineated the castle making sure I could include the Cathedral and the Tagus River later. To the left, I left enough space to include some churches and what else it could be fit in the paper.
I kept wondering if I should paint it or not. Fortunately I did. And I was happy with the result.

We continued strolling and got to some picturesque steep alleys, close to Rua da Bica.
I started this drawing with markers, which was a good choice. Then, we had to leave soon because was windy and cold, quite weird for summer in Lisbon! When I showed this drawing to Frank Ching, he told me that I should add a little more detail in the tram, which I did, of course.
Another beer and we had dinner at a busy and loud restaurant nearby.
The symposium would start next day.

30 julho 2011

Lisboa 2011 - Parte I

Estive em Lisboa entre os dias 20 e 27 de julho para participar do II Simpósio Internacional de Urban Sketching. Bem...nem sei por onde começar, para contar sobre essa enriquecedora aventura.
Talvez dizendo que estive com Gerard Michel...o vi desenhando, falando sobre perspectiva curvilinea, olhei alguns de seus sketchbooks. Ouvi dicas e comentários de Frank Ching sobre alguns de meus desenhos.
Posso acrescentar algo dizendo que foi minha primeira viagem internacional sozinho, e a primeira em que fui especialmente para desenhar. Quase não fiz turismo. Não entrei em nenhuma igreja, não visitei museus. A única coisa que eu quis fazer foi...desenhar. Sozinho, em pequenos grupos ou juntamente com outros 200 desenhistas, todos reunidos em um fantástico sketchcrawl.
Bom. Vamos ao que interessa.

Lisboa, 20/07. 

 
Largo do Carmo: Esse lugar viria a ser a minha referência na cidade, a poucos passos do albergue, na Rua do Duque. Lá marquei encontro com o João Pinheiro logo no dia 20, encontrei por acaso a Liz Steel, tomei cerveja, almocei e jantei várias vezes. Tomei o 'pequeno-almoço' na "Leitaria Acadêmica", preparado pelo Sr. Raul, um senhor simpático e bem humorado. Contou-me histórias de futebol, do tempo em que viveu no Brasil, da família. Eu falei dos meus avós, da viagem de 2007 pra Portugal com meus pais, etc...O Sr. Raul preparou meu último pequeno-almoço, no dia 27, um pouco antes de eu ir embora. Me despedi de Lisboa com um forte aperto de mãos.

Neste desenho a grafite, procurei passar das linhas às massas de cinzas brevemente. Me chamou a atenção a sombra profunda do arco. Tentei alcançar um tom de cinza bem escuro, quase preto. Repeti o tom na área dentro das portas. Ao ver o desenho, Francis Ching (!!) disse que eu deveria escurecer as árvores em primeiro plano (estavam mais leves antes) e delinear um pouco mais as linhas do arco, 'dentro' da sombra (feito também).

Bem, vou postar somente este desenho hoje, porque não quero que este post se torne uma novela...mas já tenho mais duas páginas escaneadas e preparadas.

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I've just arrived from Lisbon. I stayed there for a week, attending to the II International Urban Sketching Symposium. Well, I don't know how to start writing about this rewarding experience. Perhaps saying that I sketched with Gerard Michel...I saw him drawing, talking about his curvilinear perspectives, leafed through his unbelievable sketchbooks. I also heard tips from Francis Ching, about some of my drawings. I may add that I hadn't traveled alone abroad before, and that was my first trip specially to sketch. I almost didn't sightseeing. I didn't enter any church, any museum. I just went sketching. Alone, in small groups, with 200 people. 
Largo Do Carmo: In this pencil drawing I tried to do the shades of grey as quickly as I could, leaving the lines behind. The strong contrast and the shadow of the arch drew my attention right away. I try to create very dark shade of grey, almost black. I repeated the same tone inside the doors. Francis Ching (!!) said that I should have make the trees even darker (which I did later) and also to delineate a little more the lines of the arch 'inside' the shadow (done).


24 julho 2011

Isla Saona

Neste trabalho usei o mesmo processo do post anterior. Usei um sketch e uma fotografia como referência, embora dessa vez eu tenha me aproximado bem mais do ângulo da fotografia. Do sketch, veio a vontade de conseguir reproduzir as belas cores do ambiente, do céu azul ao mar do caribe. Mesmo assim tentei simplificar bastante o desenho....álias, tai um outro esforço que tenho feito - minimizar a parte do desenho nas aquarelas. Fico ansioso, e quero ir direto às cores. Também percebi com o tempo que, na hora de pintar, eu passava por cima de muitos detalhes - não há muito sentido em elaborar demais a base.
 The same process of the last post. I used a sketch and a photograph to create this watercolor, but in this time I got closer to the photograph itself. Since I did this sketch in Isla Saona, I was willing to make a watercolor in the studio.
I've been trying to reduce the drawing base in my watercolors, focusing more in the paint. I've realized that sometimes I went over many details when I was painting.
Hope that helps.

22 julho 2011

Cia Melhoramentos

Recentemente fiz uma aquarela utilizando duas ferramentas: um sketch e uma fotografia do mesmo local.
Tentei manter a atmosfera que me chamou a atenção desse lugar.
Acho que essa combinação é perfeita para trabalhos desse tipo - o sketch feito no local trás ao trabalho final algo a mais, talvez uma compreensão mais ampla do tema ou, que seja, uma identificação pessoal maior com o que você está fazendo. Por isso que eu evito pegar referências quaisquer para fazer estudos. Acho mais interessante gastar energia com temas que lhe dizem mais a respeito.
A fotografia feita no local ajuda a rever alguns detalhes que ficaram sugeridos demais no sketch, como as portas de ferro, nesse caso.


Since I have some visitors coming from another countries, I will try to translate some of the posts - the ones with subjects related to drawing and architectural renderings. I am not promising that I'm doing it everytime, but I will make an effort. Sorry for the English mistakes I will probably make.

I have recently make one watercolor using two tools: a sketch and a photograph from the same place.
I tried to keep the atmosphere that caught me there.
I think this combination is perfect for this studies - the sketch done on the spot brings something else to the final work, perhaps a broader undestanding of the topic, or a greater personal identification with what you are doing.
That's why I avoid taking any references from internet to this kind of studies. I find more interesting to spend energy on themes that tell you more about it.
A photograph taken at the site helps to review some other details that were suggested in the sketch, as the iron gates, in this case. 
Hope that helps.

19 julho 2011

Aula de Desenho ao Ar Livre - Urban Sketching

Último sábado tivemos a 6º aula da 2º turma do curso. Desenho de locação, ao ar livre, on-the-spot, plein air, como queiram. O que importa não é o nome da aula e sim a valiosa oportunidade do pessoal ter um contato com essa atividade maravilhosa, que tanto me satisfaz e que acredito ser fundamental para quem quer aprender a desenhar de tudo.
Dos 6 alunos, apenas um havia feito isso antes, se não me engano.
Antes de sairmos eu fiz uma apresentação com trabalhos meus e de outros artistas. Falei sobre abordagens, técnicas, ponto focal e sugestão / descrição.
O dia estava perfeito, com céu azul e calor, em pleno mês de julho. Ficamos numa praça na rua Avaré, próxima ao local do curso. Depois fomos à praça Vilaboim, onde desenhamos mais (incluindo eu naquela hora, que já não me aguentava de vontade) e relaxamos com um choppinho no final da tarde.
Foi bacana.
Dois alunos me disseram que já sairam novamente para desenhar - fiquei feliz. Espero que prossigam.
Aqui vão algumas fotos do dia.



Agora há uma página do curso no Facebook. Clique aqui e se for do seu gosto, dê um 'curtir' por favor :-)
Abraços

15 julho 2011

Oficina do Alarcão - Diário Gráfico

No último domingo participei do Diário Gráfico, oficina criada pelo ilustrador Renato Alarcão. Fazia um tempo que estava querendo participar dessa oficina, e felizmente consegui uma vaga oferecida pela Mandacaru Desing e Caixa Cultural, que promoveu uma série de oficinas, todas gratuítas.
Foi demais! Uma experiência radical, como diria um amigo meu. A idéia é trabalhar na pauleira, sem tempo para elucubrar demais, o que é ótimo. Cola, pincéis, tinta acrilica, tinta a óleo, estencil, sprays. Recortes, colagens, desenhos, imagens e texturas - tudo é cortado em partes e finalmente compilado em um sketchbook.
A medida em que se abriam aquelas páginas, via-se uma expressão coletiva de arte.
Infelizmente eu não fiquei com um caderno desses. Foram produzidos apenas 6, sorteados por cada grupo.
Mesmo assim, todos sairam com know-how para produzir um sketchbook personalizado agora...quem sabe em breve.



13 julho 2011

Perspectivas para Roberto Loeb / Thomasi Camargo

Em maio e junho desse ano fiz um trabalho para o escritório de arquitetura do Roberto Loeb, de um empreendimento da Thomasi Camargo - o Unimep Taquaral.
Nanquim com lápis de cor.
Considero hoje em dia essa técnica uma das mais difíceis e desgastantes, fisicamente falando. É preciso passar no mínimo 2 camadas de lápis com cores diferentes para se atingir os tons necessários. Às vezes são necessárias inúmeras camadas...haja braço.
Mas gosto do resultado - fica leve e delicado.


06 julho 2011

Mais de Punta Cana

Faltou completar a primeira postagem sobre minha passagem por Punta Cana. Aqui vão os outros desenhos:

A aquarelinha à esquerda (acima) foi feita para tentar captar as cores vibrantes do mar do Caribe. Acho que nesse desenho especificamente eu consegui chegar (quase) lá, embora poderia ter exagerado um pouco mais na intensidade dos pigmentos.
E então vamos aos vários desenhos a nanquim de palmeiras. Acho particularmente difícil desenhar palmeiras, principalmente se for 'de memória'. Através da observação, acredito ser mais fácil e mais interessante. Eu procurei brincar com os espaços negativos nesses desenhos. Descobri que desenhar o espaço entre as folhas, e não as folhas em si, pode enriquecer muito os desenhos.






Neste outro desenho (acima) eu brinquei com a moldura de contorno do desenho, que é interrompida aqui-e-ali por elementos da paisagem. Esse recurso é legal para tornar a imagem interessante aos olhos do observador. 

Essa aquarela foi feita no final da tarde. Difícil lidar com a mudança rápida de luz nesse horário do dia. Houve um momento na pintura que tudo estava mais luminoso...mas não pude segurá-lo. Novas camadas de tinta e a aquarela ficou mais apagada....mais ainda acho que consegui captar o clima do local. Até que começou a chover. Pingos no papel não foram um problema: adicionaram mais textura à pintura.



Ah, e a piscina...! Rasa, mas gigantesca, cheia de cantos agradáveis como esse. Fiz essa aquarela enquanto minha esposa dormia na cadeira ao lado. Devo ter levado umas duas horas para fazê-la. Sei lá. Difícil ter noção de tempo ali. A simpática funcionária do resort insistia em me trazer cervejitas geladas...aiaiai, que vida cruel.






Mais palmeiras, incluindo uma palmeira ravelana, ou 'árvore do viajante'.
Mais uma vez, espaços positivos e negativos, o branco do papel usado como parte do desenho.




Aeroporto de Punta Cana, com cobertura de sapê. Passando o tempo entre embarque e conexões.

É isso...
Abraços!

05 julho 2011

Deus


Esse texto já tem alguns meses que escrevi...posto agora porque estou com vontade de dividir com alguém. Você, que eu não sei quem é.
Porque? O que isso tem a ver com perspectivas e sketches? Bom, tem a ver comigo.  Tem a ver com o que estou passando hoje, e rele-lo foi uma benção. Devia ler isso todos os dias.

Deus está no meio de nós.
Sempre ouvimos isso.
Mas aonde? Cadê Ele? Quem já não fez essa pergunta?

Eu já fiz, e ainda faço, mas felizmente às vezes tenho um vislumbre da presença Dele.
Ontem à noite eu tive mais um, enquanto ouvia meus motetos no I-pod.
Me enchi de emoção imaginado o talento daqueles compositores e das vozes penetrantes dos cantores. O que é aquilo? Que vozes são essas? Cheguei a pensar que são vozes de anjos. Anjos mesmo. Eu sou espírita, mas acredito nesses seres de muita luz, e até com asas, porque não?
Pensei no Paul McCartney. No show que vimos. Na energia, na luz que esse homem tem. Quanta gente envolvida com um propósito só: ser feliz! Cantar, dançar, chorar e amar.
Penso nos grandes mestres da Arte. Quem foi Leonardo da Vinci, Michelangelo?
Penso nos arquitetos e engenheiros que construíram tantos castelos e palácios maravilhosos. Pinturas e lugares que deixam pessoas comuns boquiabertas. Penso nas catedrais, erguidas pedras sobre pedras, pelas mãos de homens comuns.

Deus está em todos.

Deus esteve em Brahms, enquanto ele escreveu os motetos que tanto me emocionam. Deus ainda está dentro daquelas músicas, em cada nota, em cada compasso. Deus está na voz daqueles cantores, que séculos depois gravam essas músicas para nós podermos ainda ouvi-las. Deus está na mente dos garotos que criaram meu i-pod, para que o contato dessa música seja tão próximo do meu cérebro.
Deus esteve nas mãos do Michael Nyman enquanto ele compunha a trilha de “O Piano”.
Deus esteve em Frank Lloyd Wright, que idealizou e construiu a Falling Water.
Deus esteve em John Lennon e George Harrison.
Deus está em Paul McCartney.

Deus está na Débora, que tanto me ajuda a viver e a ser feliz. Deus está no meu amigo Carlos, que me convidou para o Reveillon de 2001, quando eu conheci a Débora.
Deus está na minha mãe e no meu pai, que me colocaram neste mundo e que tanto fizeram por mim. Deus está nos meus irmãos, companheiros desde sempre. Deus está nos meus amigos, companheiros que vem e vão. E nos que ficam.
Deus esteve nos meus avós, e está na minha vó Anna, e em todas as pessoas da minha família. Quem são essas pessoas? São um presente de Deus para mim.
Deus está na Teresinha e na Claudia que tantas coisas importantes e fundamentais já me disseram. Deus está em cada fala da Claudia, que tanto me ajuda a viver.
Deus está na Renata, na Camila e na Fernanda.
Deus está na Lapopie, um doce de ser, um presente de Deus para mim e para a Débora.
Deus está no porteiro Rogério, no faxineiro Pedro.
Deus está no garçon Zé, que sempre nos atende com carinho na padaria.
Deus está no Mauricio Takiguthi, que tanto tem me ajudado a abrir os olhos para os caminhos infindáveis da Arte.
Deus está na Nice, que cuida de cada canto dessa casa, que cuida da minha roupa e arruma minhas coisas.
Deus está em cada homem que pintou uma tela, que esculpiu uma pedra, que assentou um tijolo. Deus está em todos aqueles que buscaram trazer beleza para esse mundo. Deus está em cada pincelada de Leonardo da Vinci, em cada martelada de Antonio Canova.
Deus está na beleza das coisas.
Penso nas paisagens que eu já vi. Penso na visão das montanhas nevadas, no céu azul.
Deus é a natureza. Deus está em cada partícula desse planeta.

Deus está em cada desenho que eu já fiz. Em qualquer um, e em todos. Deus está no meu pai, que me entregou esse presente. Deus está no prazer de desenhar, que nunca tem fim. Deus esteve em cada pessoa que já veio até mim, comprando um trabalho meu, ou apenas querendo ver e comentar.
Deus está na pessoa mais simples que veio até mim, e na mais culta também.
Deus está em cada partícula de mim. Em cada emoção que eu sinto, em cada risada que eu dou, e em cada lágrima que eu derramo. Deus está na minha voz, está nas minhas palavras.
Deus está em cada traço que eu dou.

Às vezes eu esqueço de tudo isso.
Às vezes eu fecho os olhos e saio tateando no escuro.

Mas Ele me acha sempre, me pega nas mãos e me coloca sob sua Luz novamente.
Porque Ele está em cada pessoa perto de mim.
 
Deus está em mim.

03 julho 2011

Perspectivas com Marcadores

Recentemente fiz um trabalho para a decoradora Luciana Teperman.
Usei marcadores nas perspectivas e aqui vão duas delas. Uma feita com base em um modelo 3D de CAD (a vista superior) e outra com base em um fotografia.
Álias, fazer perspectivas com base em fotografias é bem comum, por isso não dá pra depender 100% de modelagem 3D. E na fora de adicionar as alterações de projeto na foto, só mesmo achando os pontos de fuga e construindo na raça.