Ainda no Corcovado, fiz mais três desenhos.
O primeiro deles, uma vista clássica da Bahia de Guanabara.
Lamentei o tempo todo não ter algumas cores mais novas, alguns tons mais
leves e um tom de azul para o céu. O que eu tinha era um prussian blue,
o qual foi usado no mar, misturado a um pouco de cinza.
Adicionei um pouco de lápis de cor para balancear e clarear algumas
cores. Fiz este desenho à sombra da estátua, e por causa disso fiquei
com frio, pois havia uma brisa bem fresca lá em cima.
O segundo, uma vista do Morro Dois Irmãos, foi feito depois de eu ter
comido um misto quente e tomado uma coca. Já estava cansado a essa
altura.
O terceiro foi para estudar um pouco do movimento de massas na área da
mata da Tijuca. Não achei que valia a pena o levar muito adiante.
Trabalhar no local, com tantas limitações (de material e de conforto) e
interferências (de pessoas e do ambiente) é sempre um desafio. Não estou
reclamando disso, pelo contrário, acho que esses aspectos são parte
determinante da nossa produção. Lá em cima, no meio de tantas crianças e
turistas, me senti querido, admirado. Na era da fotografia de celular e
do Instagran, ver uma pessoa desenhando ao ar livre chama, certamente,
muito a atenção.
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