Ontem fui ao coquetel de lançamento da revista "Itália em São Paulo 2011", no Consulado Geral da Itália.
Tive o prazer enorme de ver uma ilustração minha na capa da revista, nas mãos de centenas de pessoas!
Há cerca de duas semanas, o editor da revista me procurou. Ele havia encontrado uma imagem minha do MASP na internet e ficou interessado em usá-la na capa da revista. Além disso, ele queria inserir um desenho de uma Ferrari, na frente do MASP, como se fosse um poster antigo de carros.
Achei a idéia interessante no principio, mas fiquei pensando como eu faria isso. Até sugeri fazer um desenho inteiramente novo, mas ele fez questão que eu mantivesse a originalidade da aquarela feita 'de locação'.
Então, eu fiz a Ferrari separada e juntei tudo no Photoshop.
Fiquei feliz com o resultado!
Mais feliz ainda por ter sido procurado pelo editor exatamente por causa desse desenho - essa imagem foi usada de forma irregular recentemente.
É assim que funciona, é assim que deve ser.
Valeu Edmundo!
30 junho 2011
21 junho 2011
Domingo de Sol
Fiz este desenho domingo passado, em uma rua do bairro da Lapa.
É um trecho da fachada da fábrica da Cia Melhoramentos, que ocupa um quarteirão inteiro.
Certa vez passei por ali e notei esse curioso conjunto: a chaminé, encaixada no telhado industrial, constrasta com as portas de ferro ornamentadas. Gosto da calha passando por dentro da moldura. Achei que daria um bom desenho.
Dessa vez levei só marcadores cinzas, o que me obrigou a ser econômico. French para o telhado e calçada, warm para as sombras e cool para as partes metálicas.
Tentei dar uma distorção convexa na fachada para acompanhar meus olhos: eu estava no meio da quadra, e virando a cabeça para a esquerda via um ponto de fuga, e para a direita via outro (óbvio)...
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Urban Sketches (Sketchbook)
17 junho 2011
Charles Landseer
Um post para falar sobre uma exposição que acabei de ver no Instituto Moreira Salles, em São Paulo.
Trata-se de desenhos, aquarelas e óleos originais produzidos por Charles Landseer, durante sua visita ao Brasil entre 1825 e 1826.
Eu já tinha folheado o livro dele em uma loja da Livraria Cultura (e fiquei babando), mas poder ver os originais foi certamente muito enriquecedor. Pra não dizer que sai de lá super afim de desenhar e com fôlego para produzir muito, mas muito mais.
Não pude deixar de imaginar o sabor de aventura e descoberta que essa viagem deve ter proporcionado a esse artista, que tinha apenas 26 anos quando embarcou ao Brasil. Naquela época em que a fotografia estava apenas nascendo, pode-se imaginar o valor que esse tipo de registro possuia. Eu fico pensando em como deveria ser conhecer o mundo, sob o olhar apenas de um artista. Abrir um sketchbook desses devia ser como abrir um pacote de fotografias recém reveladas...como acontecia há 10 ou 15 anos atrás. Mas a sensação de ansiedade e surpresa deveria ser muito maior.
Imaginem as pessoas na Europa vendo o Pão-de-Acúcar e o Corcovado pela primeira vez, através de um desenho?
Lendo o livro fiquei fascinado também com a história de como esse sketchbook foi 'descoberto' pelos brasileiros: apenas em 1924, um historiador chamado Alberto do Rego Rangel teve acesso a esse tesouro em uma visita a familia de Charles Stuart, o 'comandante' da expedição, que manteve o caderno por muitos anos, velado do acesso público. Deve ter sido algo parecido com o que eu descrevi acima...dá pra imaginar a emoção do cara?
Eu fiquei encantado com os desenhos e principalmente com as aquarelas. Os óleos não são muita coisa, mas deve ser levar em conta a idade do artista quando fez os trabalhos, apenas 26 anos. Reparei em alguns erros de perspectiva, muito embora às vezes me pareceram conscientes, com o intuito de evidenciar algum detalhe arquitetônico importante. Também nesse sentido, ele parecia ser parcimonioso no uso de sombras profundas e escuras (para não ocultar nada). Falta um pouco de perspectiva atmosférica nas panorâmicas mas, novamente, como intuiro era fazer um registro da cena tão fiel quanto fosse possível, ele parece ter abidicado de algumas possbilidades artisticas em função disso. Desenhou além das paisagens, as pessoas das cidades e os escravos. Usava hachuras com muita habilidade. Produziu cerca de 300 desenhos em 19 meses, e registrou Lisboa e arredores, Açores, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Vitória, Recife, Florianópolis e Santos.
Nesta página mais detalhes sobre o "Highcliffe Album", como ficou conhecido essa material.
Aqui, um pouco mais sobre o artista.
Neste link, uma galeria com imagens do livro.
E informações sobre a exposição.
Abraço!
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Influências e Inspiracões
12 junho 2011
Punta Cana
Há cerca de duas semanas estive em um lugar paradisíaco: Punta Cana, na República Domenicana.
Foram 5 dias vividos intensamente, com direito a muita comilança, cerveja, festas, praia e piscina....quase um Spring Break! Teve até mergulho com tubarões e golfinhos...
Bem, os tubarões eram do tipo ovíparos-banguelas, mas mesmo assim foi muito emocionante chegar tão perto e poder tocar esses bichos! Os golfinhos então, nem se fale! Ganhei até beijos! Foi fantástico.
Fantástico também foi poder desenhar sem compromisso com o tempo. Desenhar com o pé na areia...desenhar na beira da piscina.
Dessa vez levei um Moleskine próprio para pintar aquarelas. Acho que finalmente peguei o jeito do papel: não dá pra molhar muito...deve-se ter cuidado com o excesso de água. O que o faz ser mais objetivo.
Fiz muitos desenhos...além das aquarelas, fiz alguns desenhos a nanquim. Comum a todos, foi a tentativa de captar a realidade como ela se apresenta: as cores, a luz, o movimento, as proporções. Às vezes faltou intensidade nas cores, principalmente para retratar o mar, com seus azuis e verdes saturados e iluminados.
Bom...
Esse foi o primeiro desenho (ou pintura? velha historia):
Nessa tenda rolaram muitos casamentos, de dia ou a noite...pode parecer brega a principio, casar no meio de um monte de turistas, mas os noivos nunca pareceram estar preocupados.
Na aquarela a esquerda (abaixo), eu me lembro de ter pensado bastante em como representrar o guarda-sol sem poluir a imagem. Procurei tambem pegar a forma das folhas da palmeira de maneira a deixá-la tridimensional.
A aquarela abaixo foi feita na Isla Saona...um local maravilhoso. Passeio de um dia inteiro a partir de Punta Cana, com direito a catamarã animadasso na ida, lancha velozissima na volta, piscina natural...aiaiai, aquelas coisas chatas. Difícil foi lidar com areia, suor e protetor solar durante a execução dos desenhos. Meu material sofreu com essa combinação. É preciso ter muito cuidado para não deixar cair um pincel na areia, nem engordurar o sketchbook com protetor.
Em breve posto mais...
Foram 5 dias vividos intensamente, com direito a muita comilança, cerveja, festas, praia e piscina....quase um Spring Break! Teve até mergulho com tubarões e golfinhos...
Bem, os tubarões eram do tipo ovíparos-banguelas, mas mesmo assim foi muito emocionante chegar tão perto e poder tocar esses bichos! Os golfinhos então, nem se fale! Ganhei até beijos! Foi fantástico.
Fantástico também foi poder desenhar sem compromisso com o tempo. Desenhar com o pé na areia...desenhar na beira da piscina.
Dessa vez levei um Moleskine próprio para pintar aquarelas. Acho que finalmente peguei o jeito do papel: não dá pra molhar muito...deve-se ter cuidado com o excesso de água. O que o faz ser mais objetivo.
Fiz muitos desenhos...além das aquarelas, fiz alguns desenhos a nanquim. Comum a todos, foi a tentativa de captar a realidade como ela se apresenta: as cores, a luz, o movimento, as proporções. Às vezes faltou intensidade nas cores, principalmente para retratar o mar, com seus azuis e verdes saturados e iluminados.
Bom...
Esse foi o primeiro desenho (ou pintura? velha historia):
Nessa tenda rolaram muitos casamentos, de dia ou a noite...pode parecer brega a principio, casar no meio de um monte de turistas, mas os noivos nunca pareceram estar preocupados.
Na aquarela a esquerda (abaixo), eu me lembro de ter pensado bastante em como representrar o guarda-sol sem poluir a imagem. Procurei tambem pegar a forma das folhas da palmeira de maneira a deixá-la tridimensional.
A cerveja "Presidente" é muito boa...fiz essa aquarela na varanda do quarto, em um dia de muita chuva. Tomei o conteúdo da garrafa e depois fiz o desenho.
Em breve posto mais...
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Urban Sketches (Sketchbook)
09 junho 2011
Video do Sketch!Jazz
O grande Montalvo Machado editou um vídeo de cada artista participante do evento.
Aqui vai o meu...ficou duca. O mais legal foi assistir isso grandão, no telão do evento.
SketchJazz - Eduardo Bajzek from Montalvo Machado on Vimeo.
Neste link, os vídeos de todos.
Aqui vai o meu...ficou duca. O mais legal foi assistir isso grandão, no telão do evento.
SketchJazz - Eduardo Bajzek from Montalvo Machado on Vimeo.
Neste link, os vídeos de todos.
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Estudos Pessoais
08 junho 2011
Como foi a Exposição do SketchJazz!
Foi fantástica!!
Estava tudo perfeito: a montagem das peças, o coquetel, o show, e os amigos.
Joel Lobo, Montalvo Machado e Fabio Corazza arrepiaram na organização do evento...
Para mim, foi emocionante ver minhas aquarelas na parede, ao lado de trabalhos de tamanha qualidade.
Para conferir os trabalhos de cada um, veja o site da loja do SketchJazz. Clique aqui e confira.
Lá você poderá adquirir as peças originais e as gravuras giclée, de alta qualidade.
Fiquei contente e orgulhoso, como já disse no post anterior, de fazer parte desse grupo.
Além de tudo, fiz novos amigos.
E vamos continuar desenhando!
Cada vez mais, com mais afinco e dedicação...os resultados começam a aparecer. É só confiar.
Eu quis retratar os ambientes e ocasiões que participei nos encontros do grupo. Usei meus próprios sketches feitos 'on-the-spot', além de fotografias tiradas por mim e referências da internet, para compor os quadros.
A primeira aquarela é do Bar São Cristovão:
Da esquerda pra direita:
Eu, Gustavo Rinaldi (atrás), Léo Gibran, Alexandre Eschenbach (meio), Joel Lobo (frente), Zé Otávio (lá atrás), Fabio Corazza, Montalvo Machado e Arthur D'Araujo.
Em breve postarei alguns desenhos preparatórios das aquarelas.
Estava tudo perfeito: a montagem das peças, o coquetel, o show, e os amigos.
Joel Lobo, Montalvo Machado e Fabio Corazza arrepiaram na organização do evento...
Para mim, foi emocionante ver minhas aquarelas na parede, ao lado de trabalhos de tamanha qualidade.
Para conferir os trabalhos de cada um, veja o site da loja do SketchJazz. Clique aqui e confira.
Lá você poderá adquirir as peças originais e as gravuras giclée, de alta qualidade.
Fiquei contente e orgulhoso, como já disse no post anterior, de fazer parte desse grupo.
Além de tudo, fiz novos amigos.
E vamos continuar desenhando!
Cada vez mais, com mais afinco e dedicação...os resultados começam a aparecer. É só confiar.
Eu quis retratar os ambientes e ocasiões que participei nos encontros do grupo. Usei meus próprios sketches feitos 'on-the-spot', além de fotografias tiradas por mim e referências da internet, para compor os quadros.
A primeira aquarela é do Bar São Cristovão:
A segunda aquarela produzida retrata o The Blue Bar, e a banda do Marcos Ottaviano:
A terceira, o All of Jazz:
E aqui algumas fotos do evento:
Da esquerda pra direita:
Eu, Gustavo Rinaldi (atrás), Léo Gibran, Alexandre Eschenbach (meio), Joel Lobo (frente), Zé Otávio (lá atrás), Fabio Corazza, Montalvo Machado e Arthur D'Araujo.
Em breve postarei alguns desenhos preparatórios das aquarelas.
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