Este é o Templo Budista Zu Lai, um lugar muito bonito, cheio de vistas interessantes e muita tranquilidade. Altamente propício para desenhar! Desenhos feitos ontem, 30.12.2010.
Quero mais uma vez desejar a todos um Ótimo ano de 2011! Muito trabalho, perseverança, desenhos e mais desenhos.
31 dezembro 2010
28 dezembro 2010
Fachadas em Aquarela
Duas fachadas (frente e fundos) de uma casa situada em meio a um bosque.
A idéia dos arquitetos era usar cores fortes justamente para destacá-la em meio à vegetação densa da região, mas de forma alguma alterar as características do terreno.
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Ilustrações Arquitetônicas
24 dezembro 2010
Feliz Natal e Feliz 2011!!
Gostaria de desejar a todos meus amigos um Feliz Natal!
Aproveitem este dia, curtam suas famílias e reflitam um pouco sobre a vida...
Distribuam não só presentes, mas muitos beijos e abraços. Entreguem-se ao amor, que nesta noite une as pessoas como em nenhuma outra noite do ano. Sejam 100% felizes!
Grande abraço!
Aproveitem este dia, curtam suas famílias e reflitam um pouco sobre a vida...
Distribuam não só presentes, mas muitos beijos e abraços. Entreguem-se ao amor, que nesta noite une as pessoas como em nenhuma outra noite do ano. Sejam 100% felizes!
Grande abraço!
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Estudos Pessoais
21 dezembro 2010
Avenida Paulista à grafite - Fiesp
Este é o segundo sketch feito na Avenida Paulista, há algumas semanas.
Eu comecei o desenho com a caneta nanquim, pensando em adicionar cores com os marcadores. Logo vi que na página de trás estava o desenho do Parque Mario Covas, que eu tinha acabado de fazer. Como eu não estava a fim de estraga-lo, tive que mudar de estratégia. Pensei em terminar a base do desenho com a caneta nanquim, e depois adicionar as massas (luz e sombra) com grafite.
O mais difícil neste desenho foi lidar com o tamanho da página dupla, que configura um A3. Acho que foi o maior desenho que eu fiz na rua. É mais difícil traças as linhas, porque é necessário fazer movimentos mais abrangentes. É mais difícil também controlar as proporções e a perspectiva.
Eu comecei errando a inclinação da fachada do prédio da Fiesp - quando isso acontece, eu acho que o melhor a fazer é abandonar o traço errado e seguir em frente. Um traço errado em um desenho correto, é melhor do que um traço certo em um desenho incorreto. Isso aconteceu também no sketch do Conjunto Nacional, quando eu quase errei a proporção da lateral do prédio.
Acho interessante neste desenho que a linha de horizonte esta bem baixa e quase não se vê o asfalto da avenida. Isso porque eu estava sentado no chão, e o desenho deveria refletir isso. As estações de metrô opostas sugerem a largura da avenida, sem entretanto, mostrá-la claramente.
Os equipamentos urbanos como a placa de trânsito e os postes de luz ajudaram na perspectiva.
Puts, já fiquei com vontade de voltar lá....falar sobre desenho é bom, mas desenhar é ainda melhor.
ps: Gostaria muito de ouvir mais opiniões sobre os assuntos tratados nos posts. Temas, técnicas, abordagens, etc...fiquem à vontade. Acho que isso pode enriquecer muito este blog. E não é uma estratégia do meu ego para ganhar elogios tá? Meu interesse para falar sobre desenho é genuíno. Podem ser curtos e grossos, se quiserem.
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Urban Sketches (Sketchbook)
15 dezembro 2010
Oscar Niemeyer - 103 anos!
Essa catedral é um dos edifícios mais impressionantes que eu entrei em toda a minha vida!
Nunca vou esquecer, naquele ENEA de 1995(?), quando eu atravessei a passagem escura que precede a grandiosa nave da catedral, banhada pela luz azulada dos vitrais. Aquilo foi, para um estudante de arquitetura cheio de sonhos, uma experiência inesquecível. Ver aqueles anjos gigantescos rodando vagarosamente, flutuando no vazio, era de arrepiar. Eu lembro de ter ficado arrepiado!
Isso é para poucos: conseguir resolver um projeto, com suas mil implicações econômicas e funcionais, e ainda emocionar as pessoas? Dá pra imaginar o que é isso?
Niemeyer conseguiu, e ainda consegue.
Eu já postei este desenho aqui antes, quando ele completou 100 anos.
Na época, este desenho foi meu tema para o cartão de Natal daquele ano.
Vale a pena ler o relato dele mesmo, sobre sua obra.
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Estudos Pessoais
14 dezembro 2010
Avenida Paulista à grafite - Parque Mário Covas
Há alguns dias fui à Avenida Paulista desenhar novamente, e acabei optando pelo grafite dessa vez.
O primeiro desenho foi feito no Parque Mario Covas (que na verdade tem o tamanho de uma praça), na esquina da rua Ministro Rocha Avezedo. O lugar é bem agradável.
Meu foco foi representar a vegetação abundante do local, tentando resolver a questão através do uso de massas, já que não estava trabalhando com cores. Uma aquarela teria sido mais fácil, eu acho, ou pelo menos o resultado teria sido mais 'vistoso'.
Já que não queria perder muito tempo desenhando uma pérgula que há no local (um exercício puro de perspectiva), optei por ir 'cercando' sua estrutura geral, até configurá-la sem precisar de muita base. De qualquer forma, a pérgula não era o foco do meu desenho.
Logo no início, captei as formas gerais de um senhor que estava lendo no banco ao lado. Mas ele saiu, e tive que me virar para completá-lo depois - o rosto dele ficou meio estilizado, quando o desenhei de memória.
Acabei fazendo alguns ajustes em casa neste desenho. Usei o esfuminho para melhorar algumas bordas e transições. Emendei a copa da árvore (em cima, à esquerda), com o banco do tiozinho e a sombra da mesma no chão. Assim, procurei criar um primeiro plano, embora esse conjunto pudesse estar mais escuro no desenho finalizado.
Notem que a massa de árvores do fundo não tem um 'chão' definido - isso porque havia muita tranqueira no local - containers, caixas, enfeites de natal, etc...Não quis representá-los e também não quis 'supor' como seria o local sem essas coisas.
Foi um bom exercício.
Em breve postarei o outro desenho daquele dia.
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Urban Sketches (Sketchbook)
07 dezembro 2010
Curso de Valorização Artística de Projetos
É com grande prazer que estou lançando meu Curso de Valorização Artística de Projetos, com foco em técnicas tradicionais.
Eu já vinha dando aulas particulares de desenho de arquitetura, as quais me abriram os olhos para o prazer de ensinar e falar sobre Desenho (com "D" maiúsculo mesmo). Álias, desenhar é uma paixão e quero compartilhar o que aprendi nos últimos anos. Sei que vou aprender muito também, com a troca de idéias e experiências.
Estou abrindo vagas para uma turma pequena, com inícios das aulas para o dia 14 de janeiro (data ainda a confirmar).
Serão 16 aulas de 3 horas de duração cada, aos sábados, aqui no escritório. Serão ao todo 4 meses de trabalho, desenvolvendo ilustrações do começo ao fim.
É um curso completo para quem quiser aprender a valorizar seu próprio projeto, ou para se aprimorar em técnicas de desenho, com o propósito de trabalhar no mercado de ilustrações arquitetônicas.
Quem tiver interessado, por favor envie um e-mail para edu.barboza@terra.com.br para eu passar maiores detalhes.
Eu já vinha dando aulas particulares de desenho de arquitetura, as quais me abriram os olhos para o prazer de ensinar e falar sobre Desenho (com "D" maiúsculo mesmo). Álias, desenhar é uma paixão e quero compartilhar o que aprendi nos últimos anos. Sei que vou aprender muito também, com a troca de idéias e experiências.
Estou abrindo vagas para uma turma pequena, com inícios das aulas para o dia 14 de janeiro (data ainda a confirmar).
Serão 16 aulas de 3 horas de duração cada, aos sábados, aqui no escritório. Serão ao todo 4 meses de trabalho, desenvolvendo ilustrações do começo ao fim.
É um curso completo para quem quiser aprender a valorizar seu próprio projeto, ou para se aprimorar em técnicas de desenho, com o propósito de trabalhar no mercado de ilustrações arquitetônicas.
Quem tiver interessado, por favor envie um e-mail para edu.barboza@terra.com.br para eu passar maiores detalhes.
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Curso de Valorização Artística
29 novembro 2010
Fachada ou Perspectiva?
Há algum tempo eu fiz uma fachada valorizada de uma casa do arquitetos Marcos Tomanik e Sylvia Chaves.
É um projeto bacana, de uma casa que se expande gradualmente no terreno, formando pátíos arborizados.
O desenho foi feito em formato A2, pois a elevação da casa é bem comprida. Usei marcadores e lápis de cor.
Algum tempo depois o arquiteto Marcos me procurou para fazer uma perspectiva em aquarela do mesmo projeto, para ajudar sua cliente a entender melhor o conceito arquitetônico.O detalhe interessante foi a exigência de que o desenho deveria ser montado na mão pois ele acha que perspectivas modeladas em 3D podem ficar muito duras.
Realmente o desenho ficou bem solto - eu o montei sem régua, para ir de encontro ao que o arquiteto queria. Criei uma leve distorção convexa para aproximar mais o observador e pintei o entorno da casa de forma bem livre.
E ai, fachada ou perspectiva?
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Ilustrações Arquitetônicas
27 novembro 2010
Mais sobre o show.
Acabei de ler um post (clique aqui) do meu amigo Gino Olivato, do blog MacMinds que me deixou até emocionado. Sem brincadeira. Foi uma surpresa para mim e um belo presente.
A foto que ele tirou ficou demais, pois mostra a alegria que eu estava sentindo naquela hora: desenhando à vontade, em ótima companhia e há poucas horas de ver um dos meus maiores ídolos. Bem, o maior deles.
Quem é fã do 'Mundo Apple', tem que acompanhar o blog do Gino, que é um expert em tudo o que se refere a esse assunto e é o cara que me resgata da ignorância tecnológica em cada nova conversa.
E quem gosta de desenhar, não deixe de carregar um caderno por ai. Eu posso afirmar que é sempre muito gratificante. Muito mesmo. E insista. Não tenha medo de errar. Não desista na primeira vez.
Como disse o grande John Haycraft para mim: "Eduardo, you will find it rewarding and I urge you to do it! "
Valeu, meu amigo.
A foto que ele tirou ficou demais, pois mostra a alegria que eu estava sentindo naquela hora: desenhando à vontade, em ótima companhia e há poucas horas de ver um dos meus maiores ídolos. Bem, o maior deles.
Quem é fã do 'Mundo Apple', tem que acompanhar o blog do Gino, que é um expert em tudo o que se refere a esse assunto e é o cara que me resgata da ignorância tecnológica em cada nova conversa.
E quem gosta de desenhar, não deixe de carregar um caderno por ai. Eu posso afirmar que é sempre muito gratificante. Muito mesmo. E insista. Não tenha medo de errar. Não desista na primeira vez.
Como disse o grande John Haycraft para mim: "Eduardo, you will find it rewarding and I urge you to do it! "
By the way, eu já tinha até colocado essa frase aqui. Mas vale a pena relembrá-la.
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Urban Sketches (Sketchbook)
22 novembro 2010
Eu fui!
Ontem foi um dia muito especial para mim. Realizei o sonho de ver o Paul McCartney ao vivo em um show absolutamente insquecível.
Eu comecei a gostar de Beatles quando já tinha mais de 20 anos. Logo que eu os 'descobri', virei Beatlemaníaco de uma hora para outra, e cheguei a comprar todos os CDs. Com o tempo, essa 'passione' amansou, eu passei a gostar de Beach Boys também, e não parei mais de ouvir música dos anos 60.
Mas ver o cara tocando ao vivo, foi emoção total. Foi demais.
Enquanto escrevo este post, há mais 60.000 pessoas aguardando ansiosamente pela segunda apresentação!
Bom, mas esse blog é sobre desenho, e não sobre música.
E a propósito, aqui vão os dois sketches que eu fiz enquanto aguardava o show começar.
Levei apenas canetas nanquim e dois marcadores: um warm 60% e um 80%. Nem sketchbook eu levei. Usei um bloco de papel canson mesmo.
Foi muito legal fazer esses desenhos pois serão um bom registro desse dia.
O primeiro sketch eu fiz com calma, apesar da agitação do lugar. Enquanto desenhava dezenas de pessoas, eu observava o movimento, batia um papo, dava passagem para as pessoas. E assim fui passando o tempo.
O intuito do segundo sketch era conseguir representar uma panorâmica do estádio...Eu queria desenhar a curva da arquibancada passando sobre a minha cabeça. Tive que correr pois já estava ficando escuro e a ansiedade já era altíssima.
Fiz o pessoal que estava comigo assinar! Um pessoal da fileira de trás também deixou suas rúbricas, já que quiseram ver o desenho finalizado.
E Salve meu amigo Gino, do MacMinds. que comprou os ingressos para nós enquanto eu estava viajando!
"Eu fui!", eles escreveram.
EU FUI!
Eu comecei a gostar de Beatles quando já tinha mais de 20 anos. Logo que eu os 'descobri', virei Beatlemaníaco de uma hora para outra, e cheguei a comprar todos os CDs. Com o tempo, essa 'passione' amansou, eu passei a gostar de Beach Boys também, e não parei mais de ouvir música dos anos 60.
Mas ver o cara tocando ao vivo, foi emoção total. Foi demais.
Enquanto escrevo este post, há mais 60.000 pessoas aguardando ansiosamente pela segunda apresentação!
Bom, mas esse blog é sobre desenho, e não sobre música.
E a propósito, aqui vão os dois sketches que eu fiz enquanto aguardava o show começar.
Levei apenas canetas nanquim e dois marcadores: um warm 60% e um 80%. Nem sketchbook eu levei. Usei um bloco de papel canson mesmo.
Foi muito legal fazer esses desenhos pois serão um bom registro desse dia.
O primeiro sketch eu fiz com calma, apesar da agitação do lugar. Enquanto desenhava dezenas de pessoas, eu observava o movimento, batia um papo, dava passagem para as pessoas. E assim fui passando o tempo.
O intuito do segundo sketch era conseguir representar uma panorâmica do estádio...Eu queria desenhar a curva da arquibancada passando sobre a minha cabeça. Tive que correr pois já estava ficando escuro e a ansiedade já era altíssima.
Fiz o pessoal que estava comigo assinar! Um pessoal da fileira de trás também deixou suas rúbricas, já que quiseram ver o desenho finalizado.
E Salve meu amigo Gino, do MacMinds. que comprou os ingressos para nós enquanto eu estava viajando!
"Eu fui!", eles escreveram.
EU FUI!
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Urban Sketches (Sketchbook)
19 novembro 2010
Castelinho da Rua Apa com avenida São João.
No último domingo eu fui desenhar no Elevado Costa e Silva. Como diria um arquiteto amigo meu, o Elevado é uma cicatriz no coração de São Paulo. Imóveis desvalorizados, abandono, poluição e sujeira são, na verdade, as marcas mais evidentes dessa cicatriz.
Em baixo dele, muitos mendigos, prostitutas e drogados. Um paraíso da crackolândia. Infelizmente.
Em cima, aos domingos e feirados é possível passear a pé, andar de bicicleta e espreitar os apartamentos que estão há cerca de 5 metros do guardrail.
E agora, mais uma atividade de lazer pode ser incluída a essas. Desenhar!
Por trás do caos urbano escondem-se muitos edifícios interessantes. Alguns, verdadeiros 'achados'.
Vistas pitorescas da cidade também estão disponíveis para serem representadas nos sketchbooks.
O primeiro desenho que fizemos foi do Castelinho da Rua Apa, eternizado (enquanto não ruir) pelo crime hediondo que lá ocorreu em 1937. Clique aqui se deseja conhecer essa história trágica.
Algumas pessoas dizem que é mal-assombrado. Mas os 'sem-teto' não tem medo, não senhor.
Lá foi gravado um episódio de Ghost Hunters!
Não acharam muita coisa, exceto um "EVP", que me chamou muito a atenção...
A primeira parte do episódio.
E a segunda parte, com a revelação.
Creepy.
Information in English at Urban Sketchers.
Em baixo dele, muitos mendigos, prostitutas e drogados. Um paraíso da crackolândia. Infelizmente.
Em cima, aos domingos e feirados é possível passear a pé, andar de bicicleta e espreitar os apartamentos que estão há cerca de 5 metros do guardrail.
E agora, mais uma atividade de lazer pode ser incluída a essas. Desenhar!
Por trás do caos urbano escondem-se muitos edifícios interessantes. Alguns, verdadeiros 'achados'.
Vistas pitorescas da cidade também estão disponíveis para serem representadas nos sketchbooks.
O primeiro desenho que fizemos foi do Castelinho da Rua Apa, eternizado (enquanto não ruir) pelo crime hediondo que lá ocorreu em 1937. Clique aqui se deseja conhecer essa história trágica.
Algumas pessoas dizem que é mal-assombrado. Mas os 'sem-teto' não tem medo, não senhor.
Lá foi gravado um episódio de Ghost Hunters!
Não acharam muita coisa, exceto um "EVP", que me chamou muito a atenção...
A primeira parte do episódio.
E a segunda parte, com a revelação.
Creepy.
Information in English at Urban Sketchers.
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Urban Sketches (Sketchbook)
17 novembro 2010
Pranchas do Portifólio - Terradesign
Há alguns anos tive a oportunidade de trabalhar para uma agência de propaganda de Portugal, chamada Terradesign. Fiz perspectivas e plantas baixas para 05 empreendimentos.
Apresento aqui alguns desses trabalhos, compilados para meu portifólio de ilustrações arquitetônicas.
Também realizei um trabalho juntamente com o Leandro Robles para ilustrações de rótulos de alimentos para uma companhia local, a Interaves. Desenhamos frangos, galinhas, coelhos, patos, etc. Foi bem legal.
No meu site, na sessão Ponto de Vista, você poderá ver algumas dessas imagens, clicando em Ilustrações para Publicidade.
Apresento aqui alguns desses trabalhos, compilados para meu portifólio de ilustrações arquitetônicas.
Também realizei um trabalho juntamente com o Leandro Robles para ilustrações de rótulos de alimentos para uma companhia local, a Interaves. Desenhamos frangos, galinhas, coelhos, patos, etc. Foi bem legal.
No meu site, na sessão Ponto de Vista, você poderá ver algumas dessas imagens, clicando em Ilustrações para Publicidade.
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Ilustrações Arquitetônicas
13 novembro 2010
Sketches de Viagens - Londres e Paris III
Finalmente, os últimos sketches da minha viagem.
Fiz uma coletânea dos pequenos sketches com caneta nanquim feitos em Paris.
Geralmente são sketches rápidos, feitos muitas vezes em pé, enquanto a mulherada se distrai nas lojinhas ou enquanto se espera em alguma fila.
De todos esses, o que eu mais gosto é o do orgão da Eglise Saint-Louis des Invalides, talvez porque eu tenha usado um artifício que eu acho interessante: quando um objeto ou edifício é simétrico, não é primordial desenhar tudo, até porque o olhar do espectador completa a imagem, tornando-a mais dinâmica. O contexto também foi especial, porque havia um ensaio de recital...fabuloso. Isso aconteceu também em outra ocasião, em Milão, quando eu fiz um sketch bem espontâneo dentro da catedral.
O mini-sketch do canto inferior esquerdo é do Le Select, um típico café parisiense, que é o 'atelier' do ilustrador Rick Tulka, local onde ele faz suas caricaturas fantásticas. Tive a oportunidade de bater um papo com o cara, que é muito boa gente.
Os outros foram feitos com marcadores em situações também muito especiais. Procurei usar cores de marcadores que refletissem um pouco dos tons do outono. Em geral, usei khaki, green tea, marsh green e french greys para a vegetação. Pastel beige, cool e warm greys para a cidade.
Acima, na Tour de Mountparnasse, de onde se tem uma vista maravilhosa da Torre Eiffel;
Acima, apartir da Torre Eiffel, onde passei algumas horas alucinando com vistas fantásticas da cidade, e com a própria torre, que é um parque de diversões para adultos.
E por fim, dos jardins de Versailles com o palácio ao fundo.
Enfim, esses são (quase) todos os sketches que eu fiz na viagem. Olhando esses sketches, fico muito feliz de tido a oportunidade de viajar para a Europa novamente, e penso em quantas possibilidades maravilhosas de desenhar eu já perdi, em outras ocasiões.
Não perderei mais.
Sempre levarei comigo um sketchbook.
Fiz uma coletânea dos pequenos sketches com caneta nanquim feitos em Paris.
Geralmente são sketches rápidos, feitos muitas vezes em pé, enquanto a mulherada se distrai nas lojinhas ou enquanto se espera em alguma fila.
De todos esses, o que eu mais gosto é o do orgão da Eglise Saint-Louis des Invalides, talvez porque eu tenha usado um artifício que eu acho interessante: quando um objeto ou edifício é simétrico, não é primordial desenhar tudo, até porque o olhar do espectador completa a imagem, tornando-a mais dinâmica. O contexto também foi especial, porque havia um ensaio de recital...fabuloso. Isso aconteceu também em outra ocasião, em Milão, quando eu fiz um sketch bem espontâneo dentro da catedral.
O mini-sketch do canto inferior esquerdo é do Le Select, um típico café parisiense, que é o 'atelier' do ilustrador Rick Tulka, local onde ele faz suas caricaturas fantásticas. Tive a oportunidade de bater um papo com o cara, que é muito boa gente.
Os outros foram feitos com marcadores em situações também muito especiais. Procurei usar cores de marcadores que refletissem um pouco dos tons do outono. Em geral, usei khaki, green tea, marsh green e french greys para a vegetação. Pastel beige, cool e warm greys para a cidade.
Acima, na Tour de Mountparnasse, de onde se tem uma vista maravilhosa da Torre Eiffel;
Acima, apartir da Torre Eiffel, onde passei algumas horas alucinando com vistas fantásticas da cidade, e com a própria torre, que é um parque de diversões para adultos.
E por fim, dos jardins de Versailles com o palácio ao fundo.
Enfim, esses são (quase) todos os sketches que eu fiz na viagem. Olhando esses sketches, fico muito feliz de tido a oportunidade de viajar para a Europa novamente, e penso em quantas possibilidades maravilhosas de desenhar eu já perdi, em outras ocasiões.
Não perderei mais.
Sempre levarei comigo um sketchbook.
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08 novembro 2010
Sketches de Viagens - Londres e Paris II
Mais alguns sketches da última viagem.
Waterloo Station / Hampton Court:
O desenho da estação de trem eu fiz em pé, parado em meio ao vai-e-vem incessante de londrinos apressados e turistas perdidos. Em Hampton Court, fiz um rápido desenho que procura mostrar a proporção da fachada e design das janelas. Por fim, um retratinho do meu sogro.
St. Pancras Station: Neste belo e gigantesco edifício neogótico, o contraste entre o azul da estrutura metélica e o tijolo me chamou muito a atencão. A fachada externa é ainda mais interessante.
Levei cerca de 40 minutos para fazer este sketch. Se tivesse tempo, daria para fazer um sketchcrawl lá dentro! Aliás, era o dia do último sketchcrawl (16/10)
Westminster Abbey: foi feito em 15 minutos, aproximadamente. Correria! Assim que peguei o sketchbook na mão, pensei: "Como desenhar uma catedral gótica em menos em menos de 20 minutos?"
Bom, não deu tempo de responder a minha própria pergunta - coloquei a caneta no papel e não parei mais. Talvez instintivamente eu procurei captar a proporção correta da fachada, o movimento dos arcos e um pouco do movimento da praça.
Catedral de Notre Dame: abusando um pouco da boa vontade da minha família, levei cerca de uma hora para completar esse sketch. Estava um frio de rachar.
Dias depois eu tive o privilégio de subir nas torres - um passeio arquitetônico fantástico, com direito a afagos no cangote das gárgulas. Quem for à Paris, não deixe de subir. A fila é demorada, mas vale a pena.
E tem mais...
Waterloo Station / Hampton Court:
O desenho da estação de trem eu fiz em pé, parado em meio ao vai-e-vem incessante de londrinos apressados e turistas perdidos. Em Hampton Court, fiz um rápido desenho que procura mostrar a proporção da fachada e design das janelas. Por fim, um retratinho do meu sogro.
St. Pancras Station: Neste belo e gigantesco edifício neogótico, o contraste entre o azul da estrutura metélica e o tijolo me chamou muito a atencão. A fachada externa é ainda mais interessante.
Levei cerca de 40 minutos para fazer este sketch. Se tivesse tempo, daria para fazer um sketchcrawl lá dentro! Aliás, era o dia do último sketchcrawl (16/10)
Westminster Abbey: foi feito em 15 minutos, aproximadamente. Correria! Assim que peguei o sketchbook na mão, pensei: "Como desenhar uma catedral gótica em menos em menos de 20 minutos?"
Bom, não deu tempo de responder a minha própria pergunta - coloquei a caneta no papel e não parei mais. Talvez instintivamente eu procurei captar a proporção correta da fachada, o movimento dos arcos e um pouco do movimento da praça.
Catedral de Notre Dame: abusando um pouco da boa vontade da minha família, levei cerca de uma hora para completar esse sketch. Estava um frio de rachar.
Dias depois eu tive o privilégio de subir nas torres - um passeio arquitetônico fantástico, com direito a afagos no cangote das gárgulas. Quem for à Paris, não deixe de subir. A fila é demorada, mas vale a pena.
E tem mais...
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01 novembro 2010
Sketches de Viagens - Londres e Paris
Recentemente tive a oportunidade de fazer uma viagem curta à Londres e Paris.
Apesar de eu estar com toda a família, não deixei de fazer sketches - pelo contrário, fiz muitos. Quase enchi um pequeno Moleskine, daquele personalizado, que foi feito exclusivamente para o I Simpósio Internacional do Urban Sketchers.
Comecei desenhando dentro do avião e depois no aeroporto de Barajas - Madri. O Terminal 4 é um edifício lindo, com sua cobertura ondulada, formada por um ripado de madeira. Um desafio de perspectiva, por isso 'fechei' um pouco o ângulo de visão. O cansaço da viagem também não permitia grandes esforços.
No dia seguinte, começamos pela catedral de St.Paul, um colosso de pedra no meio de Londres, projeto de Christopher Wren.
Fiz o sketch sentado, quase embaixo da gigantesca cúpula. O movimento de turistas era imenso e o tempo curto. Minha família logo estava impaciente e tive que ser rápido. Usei uma caneta mais grossa para fazer uns 'accents', enfatizando os dois orgãos nas laterais da nave.
Seguimos até a Torre de Londres, o famoso castelo que sobrevive em meio à cidade há séculos. Na verdade eu chamaria de 'cidadela', pois há vários edifícios dentro das muralhas.
Em um determinado ponto, pude fazer um sketch super rápido da Ponte de Londres. Me agradou bastante o resultado, pela rapidez em que foi feito - talvez uns 10 minutos. Sei lá o tempo passa muito rápido nessas horas.
O sketch dos famosos guardas da rainha foi feito enquanto esperávamos a bendita da Troca da Guarda. Uma lotação, um frio do cão e uma inevitável decepção. Muito tempo de espera, grudados à grade, quase tirou nosso bom humor. Mas não deixa de ser interessante. O sketch abaixo também foi feito lá e dá pra ver que o monumento em frente ao palácio se transforma em arquibancada.
O desenho da Trafalgar Square (abaixo) foi feito após visitarmos a National Gallery. Havia um grupo de meninas sentadas na fonte, todas com a mesma blusa: "I Love London"...
No segundo dia de viagem eu também já amava aquela cidade.
Logo postarei mais...
Apesar de eu estar com toda a família, não deixei de fazer sketches - pelo contrário, fiz muitos. Quase enchi um pequeno Moleskine, daquele personalizado, que foi feito exclusivamente para o I Simpósio Internacional do Urban Sketchers.
Comecei desenhando dentro do avião e depois no aeroporto de Barajas - Madri. O Terminal 4 é um edifício lindo, com sua cobertura ondulada, formada por um ripado de madeira. Um desafio de perspectiva, por isso 'fechei' um pouco o ângulo de visão. O cansaço da viagem também não permitia grandes esforços.
Fiz o sketch sentado, quase embaixo da gigantesca cúpula. O movimento de turistas era imenso e o tempo curto. Minha família logo estava impaciente e tive que ser rápido. Usei uma caneta mais grossa para fazer uns 'accents', enfatizando os dois orgãos nas laterais da nave.
Seguimos até a Torre de Londres, o famoso castelo que sobrevive em meio à cidade há séculos. Na verdade eu chamaria de 'cidadela', pois há vários edifícios dentro das muralhas.
Em um determinado ponto, pude fazer um sketch super rápido da Ponte de Londres. Me agradou bastante o resultado, pela rapidez em que foi feito - talvez uns 10 minutos. Sei lá o tempo passa muito rápido nessas horas.
O sketch dos famosos guardas da rainha foi feito enquanto esperávamos a bendita da Troca da Guarda. Uma lotação, um frio do cão e uma inevitável decepção. Muito tempo de espera, grudados à grade, quase tirou nosso bom humor. Mas não deixa de ser interessante. O sketch abaixo também foi feito lá e dá pra ver que o monumento em frente ao palácio se transforma em arquibancada.
O desenho da Trafalgar Square (abaixo) foi feito após visitarmos a National Gallery. Havia um grupo de meninas sentadas na fonte, todas com a mesma blusa: "I Love London"...
No segundo dia de viagem eu também já amava aquela cidade.
Logo postarei mais...
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26 outubro 2010
Perspectiva - O Contexto
Essa é uma daquelas perspectivas onde o contexto colabora para um bom resultado. Neste caso, a piscina no centro da casa, e o mar em primeiro plano formaram uma dupla ótima.
Marcadores e lápis de cor.
Projeto do escritório do Marcos Tomanik.
Marcadores e lápis de cor.
Projeto do escritório do Marcos Tomanik.
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24 outubro 2010
Pranchas do Portifolio - Goldsztein
Eu fui aprensentado à Goldsztein pela arquiteta Patricia Anastassiadis. Na época, fui convidado a ir a Porto Alegre apresentar meu portifólio e conhecer o terreno. Foi bem legal e eu fiquei super empolgado.
O trabalho se extendeu por alguns meses, entre dezembro de 2005 e fevereiro de 2006.
Nos edifícios de um dos empreendimentos, usei aquarela (acima).
Em outros, como nos desenhos ilustrativos do parque que fazia parte da proposta urbana da Goldsztein, misturei aquarela e marcadores. (prancha acima)
Já na última fase, utilizei lápis de cor.
Veja aqui, aqui e aqui, mais alguns desses desenhos.
O trabalho se extendeu por alguns meses, entre dezembro de 2005 e fevereiro de 2006.
Nos edifícios de um dos empreendimentos, usei aquarela (acima).
Em outros, como nos desenhos ilustrativos do parque que fazia parte da proposta urbana da Goldsztein, misturei aquarela e marcadores. (prancha acima)
Já na última fase, utilizei lápis de cor.
Veja aqui, aqui e aqui, mais alguns desses desenhos.
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14 outubro 2010
Pranchas do Portifolio - Cyrela
No ano passado montei um novo portifólio, tirando fotografias dos folders de empreendimentos, em uma tentativa de compilar esse material e torná-lo mais fácil de apresentar em uma reunião. Na verdade eu já falei disso neste post. Mas vou postar mais algumas dessas pranchas neste e nos próximos posts.
Esse foi o primeiro empreendimento que eu fiz utilizando aquarela, em 2004. Foi um desafio porque eu ainda não tinha muita experiência com essa técnica.
Esse foi o primeiro empreendimento que eu fiz utilizando aquarela, em 2004. Foi um desafio porque eu ainda não tinha muita experiência com essa técnica.
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11 outubro 2010
Fachada em Aquarela
Recentemente fiz mais uma fachada para a Anastassiadis Arquitetos utilizando aquarela, no mesmo estilo de outra postada em Março deste ano.
Formato A3.
Formato A3.
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06 outubro 2010
26 setembro 2010
Perspectiva a Grafite
Em junho desse ano fiz uma perspectiva de uma portaria para a construtora Exto. Mesmo esquema já empregado em outro trabalho.
Papel Fabriano e grafite. Dei um tom 'quente' no Photoshop, a pedido do cliente.
Papel Fabriano e grafite. Dei um tom 'quente' no Photoshop, a pedido do cliente.
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20 setembro 2010
Estudo em aquarela
Fiz este estudo há um tempo, utilizando uma amostra de papel que ganhei na Pintar.
Este é um Bockingford 425 g/m2, da marca Saunders Waterford. O papel, de tão grosso, é quase um papel-cartão. Tenho comprado papéis Saunders Waterford, que custa metade do preço de papéis Arches, e são excelentes.
Estas são as chaminés de Casa Mila, de Gaudí. Para mim, se parecem com soldados que espreitam a paisagem de Barcelona. De onde Gaudí buscava essas formas?
Este é um Bockingford 425 g/m2, da marca Saunders Waterford. O papel, de tão grosso, é quase um papel-cartão. Tenho comprado papéis Saunders Waterford, que custa metade do preço de papéis Arches, e são excelentes.
Estas são as chaminés de Casa Mila, de Gaudí. Para mim, se parecem com soldados que espreitam a paisagem de Barcelona. De onde Gaudí buscava essas formas?
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17 setembro 2010
Sketches da Turma
Durante nossos animados jantares na Ilhabela, eu fiz um sketches rápidos do pessoal.
O Kleber Sales e o Beto Candia, infelizmente não ficaram nada parecidos.
O Olivier Perroy e o Ari Goes, tem alguma semelhança.
Já o Eduardo Belga, o Fabio Eugenio e o Thiago Soares eu acho que consegui captar bem.
Tentar fazer pequenos retratos assim, à caneta, é um bom exercício. Mas estou muito longe do poder de síntese do Cárcamo, que fez esta pequena caricatura minha em, no máximo, 1 minuto.
Helena Ignowski, Alexandre Ricartes, Eleonora Ghivarello e mais algumas simpáticas moças. Todos feras - vale a pena dar uma olhada nos respectivos blogs. Quem dessa lista ainda não tem blog ou site, deviam ter!
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Urban Sketches (Sketchbook)
15 setembro 2010
Workshop com o Cárcamo
Entre os dias 09 e 12 de setembro fiz um workshop com o grande ilustrador e aquarelista Gonzalo Cárcamo, em Ilhabela. A viagem é longa, a ilha é linda, e o hotel muito agradável. Minha preocupação inicial, que era ser atacado por borrachudos (sou muito alérgico a essa praga), ficou pra trás. Pudera, eu usei calça jeans e tênis o tempo todo, além de gastar um tubo de repelente Exposis. A única picada que tomei foi quando fomos à praia fazer uma aquarela plein-air. No cotovelo.
Bom, o curso foi excelente. O Cárcamo é um cara muito bacana, atencioso, com uma ótima didática. Fala coisas inspiradoras e ver ele pintar é animal (não consegui outra palavra).
Lições aprendidas (ou pelo menos compreendidas):
1 - Podemos substituir o preto (ivory black) pela mistura entre vandyke brown e ultramarine. Que o preto deve ser usado com (muita) moderação todos ouvem falar quando começam a aprender aquarela. O fato é que eu fui esquecendo disso e passei a usar bastante o preto com o tempo. Não para usá-lo isoladamente, mas para escurecer cores. Mesmo assim, é melhor usar a combinação sugerida pelo Cárcamo.
2 - Para criar um degrade sem 'degraus' ou emendas feias, é necessário ter bastante água no pincel ou ter o papel bem úmido. Eu sofri e sofro muito com isso. Já fiz céus que eu odiei como se fossem infernos. E o segredo para o sucesso é manter sempre uma 'barriguinha' de tinta no papel, na qual se emenda a camada inferior. Trabalhar de cima para baixo é lei universal, reforçada agora pelo Mestre.
3 - É preciso brincar mais com as cores, buscar mais combinações.
4 - Todos sabem que o branco da aquarela deve ser evitado, como cor isolada. Mas eu vinha usando o branco para criar tons de pele e chegar a cores específicas, daquelas de catálogo de tinta, recebidas dos arquitetos. Eu ainda não sei como vou mudar isso, mas necessito tentar. Branco, só para (poucos) highlights, e deve ser gouache.
5 - O uso de máscaras líquidas, é permitido, com moderação. Mas só para ilustrações. Para trabalhos pessoais deve-se evitar (palavras do Mestre). Usar sal grosso também. Eu nunca brinquei disso, mas vou brincar.
6 - Simplificar, simplificar, simplificar. Limpar a imagem de referência, ou o que se vê. Não precisamos colocar tudo o que está na referência, muito menos tudo o que está na sua vista.
7 - Preciso desenhar menos nas aquarelas. Costumo fazer uma base muito desenhada, cheia de detalhes. Não precisa (pelo menos para trabalhos pessoais).
E agora, para mim a maior lição de todas:
8 - É preciso ousar. Ousar nas intesidades e nos contrastes. É impressionante como a aquarela "se apaga" alguns minutos depois de pintada, quando já está bem seca. Ou seja, é preciso carregar um pouco mais nas intensidades, para se obter o ponto desejado quando está seca. Quantas vezes já tive essa sensação: Na hora que estou pintando, com a tinta ainda brilhando no papel, está tudo lindo, vivo, iluminado. Quando volto do almoço, ou olho o trabalho no dia seguinte, penso: cadê a aquarela que estava aqui? Quem apagou a luz?
No curso isso ficou mais evidente do que nunca. Principalmente quando vi o Cárcamo pintar um rosto. A hora que ele aplicou a tinta no papel, foi inevitável pensar: "hum...pesou, ficou muito saturado"...bastou a aquarela secar e a surpresa: PERFEITO. O tom exato, na intensidade exata. Coisa de Mestre? Deve ser.
9 - Para ousar, é preciso ter domínio técnico.
10 - Para o trabalho crescer, é preciso produzir muito, muito e muito. Sem medo, sem grandes exigências pessoais. Material de qualidade é fundamental.
Well, para não ficar só no texto aqui vão alguns trabalhos que produzi nestes memoráveis dias em Ilhabela.
Essa é uma pequena construção que fotografei no vilarejo de Ínsua, município de Penalva do Castelo (Portugal), terra natal dos meus queridos avós paternos. Acho que aquarela ficou com um constraste bacana, mas as portas deviam ser bem mais escuras. A sombra, segundo o Cárcamo, deveria ter mais nuances de ocre, e ter ficado menos cinza. Gostei de ter optado por não fazer o céu, e deixar o chão meio 'estourado', como na foto de referência.
Cidade espanhola de Ronda, com esse viaduto fantástico - paisagem de sonho.
Gostei da aquarela, principalmente do céu pintado pelo próprio Cárcamo. Mas faltou luz, faltou vigor, faltou peso.
Essa foi pintada 'plen-air', em frente ao hotel. Levei cerca de uma hora. Acho que foi meu melhor trabalho realizado no curso, porque consegui uma harmonia de cores bacana, um movimento interessante nas palmeiras, e consegui simplicar o que estava vendo (por exemplo, aqueles umbrelones brancos, faziam parte de um quiosque movimentado, cheio de coisas) A praia está deserta não por acaso, mas porque eu não consegui pintar figuras ali. Eu até desenhei algumas, mas na hora de pintar desencanei e passei por cima. A minha desculpa para isso é que o fdps dos borrachudos já estavam me rodeando há um tempo, mesmo com o repelente. FDPs.
Essa é a aquarela que estava linda enquanto estava úmida, e depois se apagou e me deixou frustrado. Nessa hora que começou a cair a ficha. Consegui alguns efeitos interessantes (sugeridos pelo Cárcamo, claro) como movimentar a base pra lá e pra cá, para sugerir o movimento do pêlo da Lapopie (minha gata top model, que nesta imagem parece um gizmo), mas ousei pouco nas cores.
Por fim, e finalmente, o último estudo que eu fiz, já no domingo de manhã. Eu fiz direto, praticamente sem desenho, o que levou a algumas linhas tortas e poucos detalhes (o que pode ser bom). Esta aquarela teve duas fases: quando eu achei que havia acabado, e depois de ver o Cárcamo pintando o rosto na aquarela da minha colega. Não deu outra, voltei para a prancheta e intensifiquei mais os tons. Ok, 'deu certo' no final.
Nossa, que post mais longo, acho que foi meu recorde. Mas também não poderia ser diferente, depois de tanto aprendizado e novidades. Espero que tenham tido paciência de ter lido até aqui.
E vamos em frente, desenhando sempre.
Bom, o curso foi excelente. O Cárcamo é um cara muito bacana, atencioso, com uma ótima didática. Fala coisas inspiradoras e ver ele pintar é animal (não consegui outra palavra).
Lições aprendidas (ou pelo menos compreendidas):
1 - Podemos substituir o preto (ivory black) pela mistura entre vandyke brown e ultramarine. Que o preto deve ser usado com (muita) moderação todos ouvem falar quando começam a aprender aquarela. O fato é que eu fui esquecendo disso e passei a usar bastante o preto com o tempo. Não para usá-lo isoladamente, mas para escurecer cores. Mesmo assim, é melhor usar a combinação sugerida pelo Cárcamo.
2 - Para criar um degrade sem 'degraus' ou emendas feias, é necessário ter bastante água no pincel ou ter o papel bem úmido. Eu sofri e sofro muito com isso. Já fiz céus que eu odiei como se fossem infernos. E o segredo para o sucesso é manter sempre uma 'barriguinha' de tinta no papel, na qual se emenda a camada inferior. Trabalhar de cima para baixo é lei universal, reforçada agora pelo Mestre.
3 - É preciso brincar mais com as cores, buscar mais combinações.
4 - Todos sabem que o branco da aquarela deve ser evitado, como cor isolada. Mas eu vinha usando o branco para criar tons de pele e chegar a cores específicas, daquelas de catálogo de tinta, recebidas dos arquitetos. Eu ainda não sei como vou mudar isso, mas necessito tentar. Branco, só para (poucos) highlights, e deve ser gouache.
5 - O uso de máscaras líquidas, é permitido, com moderação. Mas só para ilustrações. Para trabalhos pessoais deve-se evitar (palavras do Mestre). Usar sal grosso também. Eu nunca brinquei disso, mas vou brincar.
6 - Simplificar, simplificar, simplificar. Limpar a imagem de referência, ou o que se vê. Não precisamos colocar tudo o que está na referência, muito menos tudo o que está na sua vista.
7 - Preciso desenhar menos nas aquarelas. Costumo fazer uma base muito desenhada, cheia de detalhes. Não precisa (pelo menos para trabalhos pessoais).
E agora, para mim a maior lição de todas:
8 - É preciso ousar. Ousar nas intesidades e nos contrastes. É impressionante como a aquarela "se apaga" alguns minutos depois de pintada, quando já está bem seca. Ou seja, é preciso carregar um pouco mais nas intensidades, para se obter o ponto desejado quando está seca. Quantas vezes já tive essa sensação: Na hora que estou pintando, com a tinta ainda brilhando no papel, está tudo lindo, vivo, iluminado. Quando volto do almoço, ou olho o trabalho no dia seguinte, penso: cadê a aquarela que estava aqui? Quem apagou a luz?
No curso isso ficou mais evidente do que nunca. Principalmente quando vi o Cárcamo pintar um rosto. A hora que ele aplicou a tinta no papel, foi inevitável pensar: "hum...pesou, ficou muito saturado"...bastou a aquarela secar e a surpresa: PERFEITO. O tom exato, na intensidade exata. Coisa de Mestre? Deve ser.
9 - Para ousar, é preciso ter domínio técnico.
10 - Para o trabalho crescer, é preciso produzir muito, muito e muito. Sem medo, sem grandes exigências pessoais. Material de qualidade é fundamental.
Well, para não ficar só no texto aqui vão alguns trabalhos que produzi nestes memoráveis dias em Ilhabela.
Essa é uma pequena construção que fotografei no vilarejo de Ínsua, município de Penalva do Castelo (Portugal), terra natal dos meus queridos avós paternos. Acho que aquarela ficou com um constraste bacana, mas as portas deviam ser bem mais escuras. A sombra, segundo o Cárcamo, deveria ter mais nuances de ocre, e ter ficado menos cinza. Gostei de ter optado por não fazer o céu, e deixar o chão meio 'estourado', como na foto de referência.
Cidade espanhola de Ronda, com esse viaduto fantástico - paisagem de sonho.
Gostei da aquarela, principalmente do céu pintado pelo próprio Cárcamo. Mas faltou luz, faltou vigor, faltou peso.
Essa foi pintada 'plen-air', em frente ao hotel. Levei cerca de uma hora. Acho que foi meu melhor trabalho realizado no curso, porque consegui uma harmonia de cores bacana, um movimento interessante nas palmeiras, e consegui simplicar o que estava vendo (por exemplo, aqueles umbrelones brancos, faziam parte de um quiosque movimentado, cheio de coisas) A praia está deserta não por acaso, mas porque eu não consegui pintar figuras ali. Eu até desenhei algumas, mas na hora de pintar desencanei e passei por cima. A minha desculpa para isso é que o fdps dos borrachudos já estavam me rodeando há um tempo, mesmo com o repelente. FDPs.
Essa é a aquarela que estava linda enquanto estava úmida, e depois se apagou e me deixou frustrado. Nessa hora que começou a cair a ficha. Consegui alguns efeitos interessantes (sugeridos pelo Cárcamo, claro) como movimentar a base pra lá e pra cá, para sugerir o movimento do pêlo da Lapopie (minha gata top model, que nesta imagem parece um gizmo), mas ousei pouco nas cores.
Por fim, e finalmente, o último estudo que eu fiz, já no domingo de manhã. Eu fiz direto, praticamente sem desenho, o que levou a algumas linhas tortas e poucos detalhes (o que pode ser bom). Esta aquarela teve duas fases: quando eu achei que havia acabado, e depois de ver o Cárcamo pintando o rosto na aquarela da minha colega. Não deu outra, voltei para a prancheta e intensifiquei mais os tons. Ok, 'deu certo' no final.
Nossa, que post mais longo, acho que foi meu recorde. Mas também não poderia ser diferente, depois de tanto aprendizado e novidades. Espero que tenham tido paciência de ter lido até aqui.
E vamos em frente, desenhando sempre.
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05 setembro 2010
Centro de São Paulo - V
Este sábado, 04 de setembro, fui ao centro de São Paulo desenhar pela quinta vez.
Depois do Mercadão, Patio do Colégio, Sketchcrawl 27 e Palacio das Indústrias, dessa vez fui explorar o Vale do Anhangabaú. Tive a agradável companhia de Fabio Corazza e Fernanda Campos.
Fiz 3 desenhos, descritos a seguir:
Monumento à Carlos Gomes.
Este belo conjunto de esculturas fica ao lado do Teatro Municipal, na Praça Ramos de Azevedo e foi criado por Luigi Brizzolara em 1922, para comemorar o Centenário da Independência do Brasil.
Usei nanquim e marcadores cool e warm grey. Devo ter levado uma hora nesse desenho...será? Sinceramente não sei - a conversa estava boa, o dia absolutamente lindo e o local fantástico. O tempo passou rápido, apesar da vontade de tomarmos um café.
Edifício Martinelli.
Este edifício, construído entre 1924 e 1931, foi idealizado e construído pelo italiano Giuseppe Martinelli. Como este não era engenheiro civil, o arquiteto húngaro William Fillinger assinou o projeto.
Se quiser saber mais sobre a interessante história deste edifício, clique aqui, ou compre o livro São Paulo, Artes e Etnias, da Editora Unesp, de onde tirei essa informações.
Quanto ao desenho...que jornada!
Um desafio completo de perspectiva, de atenção e de paciência. Foram cerca de 2 horas para finalizar o desenho. Eu variei bastante o ritmo, começando demoradamente com linhas bem descritivas, acelerando com traços mais fluídos e terminando com linhas que eu chamaria de 'psicografadas'...Brincadeira à parte, percebi que a percepção fica cada vez mais aguçada depois de horas desenhando. O traço vai ficando mais intuitivo. Diminui o delay entre o olhar, o pensar e o desenhar. É como se fosse criado um método de como fazer, para aquele desenho especificamente.
Enfim, arrematei o desenho engrossando alguns traços para separar os planos, já que eu decidi (junto com a Fernanda) não pintar e não fazer sombras.
Caderno fechado, e muita sede.
Esquina com poste e Martinelli.
Uma mesinha vazia. Garganta e corpo secos. O chopp desceu acelerado. Clichê total, quase uma propaganda de cerveja. Salve Jorge ou São Jorge?
Mais um desenho. Começou despretensioso, assim como este já extenso post. Minha idéia era usar apenas uma caneta preta grossa, mas logo pensei nos marcadores. French grey, warm grey, cool grey e pastel beige. Gente passando pra lá e pra cá.
Rapaz, que delícia de dia!
Ir ao centro novamente foi demais.
Ouvir alguns comentários de gente simples que fica curiosa e não resiste em dar uma espiada, é muito bacana. Um cara bem simplão, passou e ficou olhando...
Eu disse:
"Você viu como aquele prédio é bonito?", puxando assunto.
Ele respondeu:
"O prédio é feio, bonito é seu desenho!" Foi um dos melhores elogios que eu recebi na minha vida.
Voltei de metrô pra casa, mas poderia ter voltado pendurado no meu ego, que pairava como um balão sobre São Paulo.
De verdade, voltei FELIZ da vida, não (só) pelo elogio, mas pelo dia inesquecível que passei.
Depois do Mercadão, Patio do Colégio, Sketchcrawl 27 e Palacio das Indústrias, dessa vez fui explorar o Vale do Anhangabaú. Tive a agradável companhia de Fabio Corazza e Fernanda Campos.
Fiz 3 desenhos, descritos a seguir:
Monumento à Carlos Gomes.
Este belo conjunto de esculturas fica ao lado do Teatro Municipal, na Praça Ramos de Azevedo e foi criado por Luigi Brizzolara em 1922, para comemorar o Centenário da Independência do Brasil.
Usei nanquim e marcadores cool e warm grey. Devo ter levado uma hora nesse desenho...será? Sinceramente não sei - a conversa estava boa, o dia absolutamente lindo e o local fantástico. O tempo passou rápido, apesar da vontade de tomarmos um café.
Edifício Martinelli.
Este edifício, construído entre 1924 e 1931, foi idealizado e construído pelo italiano Giuseppe Martinelli. Como este não era engenheiro civil, o arquiteto húngaro William Fillinger assinou o projeto.
Se quiser saber mais sobre a interessante história deste edifício, clique aqui, ou compre o livro São Paulo, Artes e Etnias, da Editora Unesp, de onde tirei essa informações.
Quanto ao desenho...que jornada!
Um desafio completo de perspectiva, de atenção e de paciência. Foram cerca de 2 horas para finalizar o desenho. Eu variei bastante o ritmo, começando demoradamente com linhas bem descritivas, acelerando com traços mais fluídos e terminando com linhas que eu chamaria de 'psicografadas'...Brincadeira à parte, percebi que a percepção fica cada vez mais aguçada depois de horas desenhando. O traço vai ficando mais intuitivo. Diminui o delay entre o olhar, o pensar e o desenhar. É como se fosse criado um método de como fazer, para aquele desenho especificamente.
Enfim, arrematei o desenho engrossando alguns traços para separar os planos, já que eu decidi (junto com a Fernanda) não pintar e não fazer sombras.
Caderno fechado, e muita sede.
Esquina com poste e Martinelli.
Uma mesinha vazia. Garganta e corpo secos. O chopp desceu acelerado. Clichê total, quase uma propaganda de cerveja. Salve Jorge ou São Jorge?
Mais um desenho. Começou despretensioso, assim como este já extenso post. Minha idéia era usar apenas uma caneta preta grossa, mas logo pensei nos marcadores. French grey, warm grey, cool grey e pastel beige. Gente passando pra lá e pra cá.
Rapaz, que delícia de dia!
Ir ao centro novamente foi demais.
Ouvir alguns comentários de gente simples que fica curiosa e não resiste em dar uma espiada, é muito bacana. Um cara bem simplão, passou e ficou olhando...
Eu disse:
"Você viu como aquele prédio é bonito?", puxando assunto.
Ele respondeu:
"O prédio é feio, bonito é seu desenho!" Foi um dos melhores elogios que eu recebi na minha vida.
Voltei de metrô pra casa, mas poderia ter voltado pendurado no meu ego, que pairava como um balão sobre São Paulo.
De verdade, voltei FELIZ da vida, não (só) pelo elogio, mas pelo dia inesquecível que passei.
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