Falta de tempo...estou na sétima perspectiva de um conjunto de 14 que tenho que fazer até meados de julho. Pauleira.
Hoje faço um post rapidinho, só pra não deixar esse espaço muito abandonado.
Minha dificuldade em desenhar pessoas era notória no começo - na faculdade de arquitetura pessoas se tornam simplesmente 'escalas humanas'.
Com as perspectivas tive que começar a me virar, e ai foi surgindo a necessidade de usar referências.
Esse desenho acima foi muito legal fazer, principalmente pelas referências que tive que selecionar...Uma loja de roupas íntimas no Shopping Iguatemi precisava mostrar à administração como seria o desfile de sua marca, do lado de fora da loja. Dá pra ver no desenho onde eu usei referências e onde não. Bem, na verdade há muito erros de anatomia e equilíbrio. Eu também deixava as pessoas sem rosto (que é relativamente comum em desenhos arquitetônicos), mas hoje acho isso estranho, e parecem manequins. Mesmo assim eu ainda gosto dessa imagem. Montei a perspectiva com base em uma foto do local e o arquiteto João Mansur coordenou.
Atualmente eu uso fotos coletadas na internet e 'colo' mesmo, sem dó. Não dá pra ficar especulando muito no papel e é preciso agilidade. Assim eu tiro o fundo das fotos e insiro nas montagens (no photoshop) na posição e tamanho exatos. Ai é só imprimir e passar a limpo. Às vezes fico um tempão arranjando as pessoas nessas montagens, o que é bem divertido. O cuidado que deve ter é inserir as pessoas na proporção certa.
Esse conjuntinho acima eu fiz separadamente para inserir em uma perspectiva já finalizada, como já mostrei em um post anterior.
Essas senhoritas estão desenhadas no orininal de uma perspectiva desse recente trabalho. Os rostos ainda são difíceis para eu fazer, até por causa do tamanho reduzido dos originais, mas dá pra fazer umas maracutaias no computador depois. De qualquer forma, ficam muito pequenos no contexto da imagem, então não importa muito.
Opa, o post se extendeu...escrevi demais, me empolguei.
E vamos em frente, desenhando sempre.
25 junho 2010
13 junho 2010
Viagem ao Chile - Desenhos com marcadores.
Mais dois sketches feitos na viagem, em Santiago.
Como havia levado meus marcadores (markers), me sentia na obrigação de usá-los pelo menos um pouco!
O primeiro sketch é um detalhe da bela Estação Central de Santiago, que diziam ser projeto de Gustave Eiffel, informação não mencionada nessa página oficial, embora a estrutura tenha sido executada por uma companhia francesa, no final do século XIX. De qualquer forma é um belo edifício, com uma ampla cobertura metálica cheia de detalhes construtivos interessantes, inclusive dois dragões que dão às costas para o relógio central. Falando em tempo, tive apenas uns 15 minutos para fazer este desenho - enquanto minha mulher me trazia um chapéu para eu experimentar ali mesmo, garimpado nos camelôs do local.
Bom, não fiquei muito satisfeito com o sketch e tão pouco consegui comprar o bendito chapéu (um desejo antigo meu). Adicionei o tom de verde (celadon) e cinzas (warms e cools) depois. Salve os marcadores!
O segundo sketch foi muito legal de fazer. Fomos todos visitar um parque em uma área afastada do centro de Santiago, com o intuito de conhecer um museu de locomotivas. O lugar é fantástico, com locomotivas de todos os tipos e épocas, em um cenário bem agradável: em meios às árvores e a céu aberto. Lindo. Um parque de diversões para adultos (as crianças devem gostar também...hehe).
Depois de tirar uma pancada de fotos, peguei o caderno e sentei na grama úmida e gelada para fazer um sketch. Como estavam todos cansados, tive um pouco mais de tempo nesse. Devo ter levado entre 30 e 45 minutos para fazer - não sei bem ao certo.
O que sei é que fiquei feliz com o resultado porque consegui representar a locomotiva inteira (coube no papel, eh!) e ainda deu tempo de adicionar algumas cores. Achei interessante não completar todo o colorido, preservando assim um pouco dos dois momentos do desenho - a base de nanquim e o acabamento com os marcadores. Passei a refletir sobre isso quando percebi que alguns desenhos perdiam expressão quando ficavam com a aparência de arte-final.
É isso, fim da viagem. Oitocentas fotos e alguns sketches depois...interessante como poucos desenhos contam muito mais histórias para mim (mesmo eu adorando fotografia) e tem muito mais 'valor agregado' (ah, o linguajar corporativo...) que centenas de fotos. Eu ainda faço muito mais fotos que desenhos, mas acho que isso mudará. No museu das locomotivas por exemplo - eu quis ver todas elas, e tirar fotos de todas (ansioso eu?) mas tive tempo para fazer apenas um sketch. Podia ter tirado 10 fotos em vez de 50 e fazer 5 desenhos em vez de apenas 1.
Imagine não levar uma máquina fotográfica em um viagem, e sim apenas o sketchbook? Será que eu conseguiria?
Ah, eu consegui comprar o chapéu depois, no último dia da viagem. Basta saber se conseguirei usá-lo aqui em São Paulo.
Como havia levado meus marcadores (markers), me sentia na obrigação de usá-los pelo menos um pouco!
O primeiro sketch é um detalhe da bela Estação Central de Santiago, que diziam ser projeto de Gustave Eiffel, informação não mencionada nessa página oficial, embora a estrutura tenha sido executada por uma companhia francesa, no final do século XIX. De qualquer forma é um belo edifício, com uma ampla cobertura metálica cheia de detalhes construtivos interessantes, inclusive dois dragões que dão às costas para o relógio central. Falando em tempo, tive apenas uns 15 minutos para fazer este desenho - enquanto minha mulher me trazia um chapéu para eu experimentar ali mesmo, garimpado nos camelôs do local.
Bom, não fiquei muito satisfeito com o sketch e tão pouco consegui comprar o bendito chapéu (um desejo antigo meu). Adicionei o tom de verde (celadon) e cinzas (warms e cools) depois. Salve os marcadores!
O segundo sketch foi muito legal de fazer. Fomos todos visitar um parque em uma área afastada do centro de Santiago, com o intuito de conhecer um museu de locomotivas. O lugar é fantástico, com locomotivas de todos os tipos e épocas, em um cenário bem agradável: em meios às árvores e a céu aberto. Lindo. Um parque de diversões para adultos (as crianças devem gostar também...hehe).
Depois de tirar uma pancada de fotos, peguei o caderno e sentei na grama úmida e gelada para fazer um sketch. Como estavam todos cansados, tive um pouco mais de tempo nesse. Devo ter levado entre 30 e 45 minutos para fazer - não sei bem ao certo.
O que sei é que fiquei feliz com o resultado porque consegui representar a locomotiva inteira (coube no papel, eh!) e ainda deu tempo de adicionar algumas cores. Achei interessante não completar todo o colorido, preservando assim um pouco dos dois momentos do desenho - a base de nanquim e o acabamento com os marcadores. Passei a refletir sobre isso quando percebi que alguns desenhos perdiam expressão quando ficavam com a aparência de arte-final.
É isso, fim da viagem. Oitocentas fotos e alguns sketches depois...interessante como poucos desenhos contam muito mais histórias para mim (mesmo eu adorando fotografia) e tem muito mais 'valor agregado' (ah, o linguajar corporativo...) que centenas de fotos. Eu ainda faço muito mais fotos que desenhos, mas acho que isso mudará. No museu das locomotivas por exemplo - eu quis ver todas elas, e tirar fotos de todas (ansioso eu?) mas tive tempo para fazer apenas um sketch. Podia ter tirado 10 fotos em vez de 50 e fazer 5 desenhos em vez de apenas 1.
Imagine não levar uma máquina fotográfica em um viagem, e sim apenas o sketchbook? Será que eu conseguiria?
Ah, eu consegui comprar o chapéu depois, no último dia da viagem. Basta saber se conseguirei usá-lo aqui em São Paulo.
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09 junho 2010
Viagem ao Chile - Valparaiso e Vina del Mar
Fizemos um tour bate-e-volta para as cidades litorâneas de Valparaíso e Vina del Mar.
O tempo estava nublado, o que não ajudou muito a deixar a cidade de Valparaíso mais bonita. Essa cidade portuária é bem confusa e tumultuada. Com seus morros abarrotados de casas e casabres definitavamente não é bonita, apesar de alguns belos edifícios isolados. Mas é pitoresca, fotogênica, e muito 'desenhável'. Seria uma mistura de Santos com Rio de Janeiro (sem a natureza exuberante). Em um primeiro momento você pode até dizer que seus morros se parecem com favelas. Mas um olhar mais atento (e um guia de viagens mais informado) vão fazer você mudar de idéia. Essas áreas estão consolidadas há décadas - tem toda a infraestrutra e pagam-se impostos.
Bom, vamos aos desenhos.
Em uma parada rápida no porto de Valparaíso, saquei meu caderno e me dispus a retratar alguns barcos em 10 minutos. Tarefa árdua para algúem que se perde em pormenores. É preciso selecionar o que desenhar e pensar rapidamente até que ponto ir. Captar a vista toda? Ou desenhar só um barco, um poste ou uma gaivota? É preciso colocar a caneta no papel e seguir em um ritmo constante. Eu só parei em dois momentos: quando os barcos estavam desenhados, vi que o poste à esquerda podia arrematar bem o desenho e criar um elemento vertical no desenho. Depois, pensei em usar uma caneta-pincel preta para fazer alguns reflexos e 'unir' os elementos do desenho (dica de John Haycraft). Enfim, captei a vista toda, desenhei os barcos, o poste e a gaivota! Fiquei feliz por ter cumprido meu auto-desafio.
O segundo foi feito nas mesmas condições. Com tempo apertado e ansiedade: se tiro fotos, ou se faço um desenho, se vou conhecer um monumento um pouco adiante com a turma, ou se fico ali, sozinho no mirante, tomando um baita vento gelado na cara. Felizmente optei pela segunda opção.
Dessa vez era a baia de Valparaíso inteira que se descortinava à minha frente. E um porto com milhares de containers, guindastes de todos os tipos, navios cargueiros, navios de guerra...Nossa, quanta coisa! Chego a ficar com o coração acelerado nessa horas, como se estivesse me preparando para uma atividade física...
Apenas deliniei as linhas da baia, e me ative mais ao porto. Acho que eu podia ter encontrado outra solução para desenhar os containers, mas não deu tempo de pensar. Gosto do cargueiro fazendo a curva na baia e dos guindastes.
Apesar do tempo feio, o colorido dos containers podia ter deixado o desenho mais alegre. Mas não dava tempo de pegar os markers na mala e eu estava com medo de deixar alguma coisa cair pelos buracos do deck do mirante. E a tentação de adicionar uma cores depois?
Caderno fechado.
Mais alguns minutos...mulheres fazendo comprinhas.
Resolvi então começar outro sketch - fiz os guindastes e o cargueiro, que a essa altura já estava atracando.
Porque não adicionar algumas notas, como o Gabi Campanario? Vou começar a fazer mais isso.
Ah, e depois o relaxamento...sentado no conforto do restaurante, esperando a comida, há tempo pra rabiscar mais um pouco (na mesma folha, já em Vina del Mar).
Bacana é ficar famoso entre os garçons, que vem curiosos olhar o que você esta fazendo...me levaram para conhecer o casarão centenário onde o restaurante está instalado, me mostraram detalhes arquitetônicos interessantes...muito legal.
Desenhar em viagens é gostoso demais!
O tempo estava nublado, o que não ajudou muito a deixar a cidade de Valparaíso mais bonita. Essa cidade portuária é bem confusa e tumultuada. Com seus morros abarrotados de casas e casabres definitavamente não é bonita, apesar de alguns belos edifícios isolados. Mas é pitoresca, fotogênica, e muito 'desenhável'. Seria uma mistura de Santos com Rio de Janeiro (sem a natureza exuberante). Em um primeiro momento você pode até dizer que seus morros se parecem com favelas. Mas um olhar mais atento (e um guia de viagens mais informado) vão fazer você mudar de idéia. Essas áreas estão consolidadas há décadas - tem toda a infraestrutra e pagam-se impostos.
Bom, vamos aos desenhos.
Em uma parada rápida no porto de Valparaíso, saquei meu caderno e me dispus a retratar alguns barcos em 10 minutos. Tarefa árdua para algúem que se perde em pormenores. É preciso selecionar o que desenhar e pensar rapidamente até que ponto ir. Captar a vista toda? Ou desenhar só um barco, um poste ou uma gaivota? É preciso colocar a caneta no papel e seguir em um ritmo constante. Eu só parei em dois momentos: quando os barcos estavam desenhados, vi que o poste à esquerda podia arrematar bem o desenho e criar um elemento vertical no desenho. Depois, pensei em usar uma caneta-pincel preta para fazer alguns reflexos e 'unir' os elementos do desenho (dica de John Haycraft). Enfim, captei a vista toda, desenhei os barcos, o poste e a gaivota! Fiquei feliz por ter cumprido meu auto-desafio.
O segundo foi feito nas mesmas condições. Com tempo apertado e ansiedade: se tiro fotos, ou se faço um desenho, se vou conhecer um monumento um pouco adiante com a turma, ou se fico ali, sozinho no mirante, tomando um baita vento gelado na cara. Felizmente optei pela segunda opção.
Dessa vez era a baia de Valparaíso inteira que se descortinava à minha frente. E um porto com milhares de containers, guindastes de todos os tipos, navios cargueiros, navios de guerra...Nossa, quanta coisa! Chego a ficar com o coração acelerado nessa horas, como se estivesse me preparando para uma atividade física...
Apenas deliniei as linhas da baia, e me ative mais ao porto. Acho que eu podia ter encontrado outra solução para desenhar os containers, mas não deu tempo de pensar. Gosto do cargueiro fazendo a curva na baia e dos guindastes.
Apesar do tempo feio, o colorido dos containers podia ter deixado o desenho mais alegre. Mas não dava tempo de pegar os markers na mala e eu estava com medo de deixar alguma coisa cair pelos buracos do deck do mirante. E a tentação de adicionar uma cores depois?
Caderno fechado.
Mais alguns minutos...mulheres fazendo comprinhas.
Resolvi então começar outro sketch - fiz os guindastes e o cargueiro, que a essa altura já estava atracando.
Porque não adicionar algumas notas, como o Gabi Campanario? Vou começar a fazer mais isso.
Ah, e depois o relaxamento...sentado no conforto do restaurante, esperando a comida, há tempo pra rabiscar mais um pouco (na mesma folha, já em Vina del Mar).
Bacana é ficar famoso entre os garçons, que vem curiosos olhar o que você esta fazendo...me levaram para conhecer o casarão centenário onde o restaurante está instalado, me mostraram detalhes arquitetônicos interessantes...muito legal.
Desenhar em viagens é gostoso demais!
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08 junho 2010
Viagem ao Chile - Jardins e Parques
Os jardins e parques de Santiago são muito bonitos nessa época, principalmente pela profusão de tons dourados e castanhos das árvores que ainda levam as cores do outono. A cidade é muito arborizada e esse tipo de vegetação dá um clima europeu muito romântico à cidade. O 'plus' é que dá pra andar tranquilamente, com máquina fotográfica no pescoço, sem tropeçar em cachimbos de crack ou prostitutas. Pena de São Paulo.
O sketch acima fiz bem acomodado, apesar do frio de trincar e da pouca luz do final da tarde. Procurei diferenciar os tipos de plantas pela mudança da linha, já que sabia que não teria tempo de colorir ou fazer sombras e texturas. Resisti à tentação de mexer no desenho, no quarto do hotel.
Esse eu fiz em duas etapas. No primeiro dia, fui por um caminho meio detalhista e não consegui finalizar. Não dá pra ficar amarrando a família toda por muito tempo. Mas no dia seguinte voltei para finalizar o desenho, já que esse local ficava próximo ao hotel.
Não resisti e acabei colorindo a árvore mais tarde, porque ela era o foco do desenho...um dourado brilhante com a luz baixa de fim de tarde. Dá pra ver? Hehe, acho que não.
Esse parque percorre as margens do Rio Mapocho, que corta a cidade como o nosso Tietê (bem... quase). Muito agradável caminhar por ali, mesmo com o barulho da avenida de 7 faixas ali ao lado. É só olhar em frente, ver as cordilheiras ao fundo e esquecer da vida. Claro que isso só vale pra quem é turista - os chilenos também são apressados e estressados no trânsito.
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07 junho 2010
Viagem ao Chile - Cerros
Semana passada eu estava de férias no Chile, desfrutando de boa comida, boa companhia e ótimos vinhos. Estou com inveja de mim mesmo, recordando agora os melhores momentos dessa viagem.
Consegui desenhar bastante, apesar de estar com minha família. Aproveitei todo momento possível : nas paradas para um descanso, nas mesas dos restaurantes, ou nos intervalos dos 'city-tours'.
O tempo de cada sketch variou muito, desde 10 minutos até quase 1 hora. Um dos desenhos foi feito em duas etapas, inclusive.
Vou postar em 4 tacadas, sendo: Cerros (morros), Jardins e Parques, Valparaiso e Vina del Mar, e por último dois feitos com markers.
Não que sejam muitos, mas quero falar um pouco sobre cada um deles.
Os dois primeiros eu fiz sentado, apreciando as belissimas vistas de Santiago e a Cordilheira, que se ergue à distância, 3.000 metros acima da bruma e da cortina de poluição que nessa época fica evidente no horizonte de Santiago.
O primeiro foi feito no Cerro Santa Lucia, um parque em forma de morro bem no meio da cidade, que conta com belos jardins e miradores diversos. Como o pessoal estava cansado da subida acentuada, aproveitei para fazer este sketch a grafite. Acho que às vezes tenho mais dificuldade com desenhos a grafite - nesse eu quase me perdi no overwork, mas salvei a pátria com minha mini-caneta-borracha, cortando as bordas que tinham ficado muito regulares. Demorei uns 30 minutos.
O outro foi feito em 15 minutos no Cerro San Cristobal, um outro parque fascinante, com acesso via funicular e vistas incriveis. Esse mirante fica a cerca de 300 metros acima do centro de Santiago.
A propósito: Santiago não foi muito afetada pelo terremoto. Vimos apenas alguns prédios com danos evidentes, como rachaduras e revestimentos que cairam. Em quase todos os casos, os problemas já estavam sendo sanados - eles não perdem tempo e o país está bem preparado para lidar com esses desastres. Apenas três edifícios que fazem parte de roteiros turísticos estavam fechados à visitação - dois em Valparaíso e um em Santiago. Não fomos para o sul, onde o terremoto teve graves consequencias, mas mesmo assim foi um pouco assustador ouvir os relatos do guia de turismo que nos acompanhou na viagem.
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03 junho 2010
Palácio das Indústrias
No domingo seguinte à Virada Cultural fui ao Parque Dom Pedro para visitar uma exposição de carros antigos com minha esposa. Minha idéia era desenhar e fotografar os carros, é claro. Mas a exposição já estava no final e eu acabei retratando apenas um deles.
Depois fui ver mais de perto o Palácio das Indústrias e fiquei doido com a riqueza arquitetônica do prédio. O prédio foi concluído na década de 1920, e foi obra do italiano Domiziano Rossi, sócio do escritório de Ramos de Azevedo.
Ah! E desenhar prédios como esse é muito mais legal!!!
O que diriam os modernistas e contemporâneos sobre àquela miscelânia de estilos e profusão de detalhes rebuscados?? Provavelmente desdenhariam.
Mas eu adoro esses prédios, pois fico sonhando com a história das construções e com a época em que foram feitos. Se há curiosidades sobre as obras, sobre os arquitetos envolvidos... E sempre há um 'causo' interessante. Assim como há histórias marcantes em cada pequena obra que eu já fiz, ou nas obras que meus caros colegas arquitetos ainda fazem.
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