Sexta-feira passada à tarde, fiz uma sessão de estudos em aquarela. Usei como referência algumas fotos de viagens minhas e outras do meu ex-professor Boby Pirovics, da faculdade de arquitetura do Mackenzie, que é um excelente fotógrafo.
Os dois primeiros estudos fiz sequencialmente, e fiquei surpreso com as diferenças entre um e outro - como um pouquinho a mais de água no pincel ou no papel fazem diferença! Eu quero um dia poder controlar a aquarela a ponto de conseguir repetir um efeito, como o brilho do rio "tirado" do papel, com um pincel úmido, sobre tinta ainda úmida. Entendo que a parte da beleza da aquarela está em uma certa imprevisibilidade do resultado, mas não podemos contar só com isso. A água flui, mas se você deixar, ela rouba todos os seus pigmentos. É preciso direcionar seu caminho.
Os outros dois, verticais, eu fiz em papéis pequenos (Bockinford) sendo um deles matizado.
Novamente, resultados distintos, com efeitos mais interessantes em um, ou em outro.
Por último fiz um estudo, quase um sketch, de uma cena capitada em uma viagem.
Rápido. Ligeiro. Sem preparação e sem montagens elaboradas a grafite.
Acho que essa tarde de estudos rápidos foi para compensar uma aquarela mais elaborada que trabalhei recentemente, a qual levei muitas e muitas horas para finalizar.
Também acho um ótimo exercício fazer trabalhos iguais, com papéis e intenções diferentes, só para comparar os resultados.
Aquarela é isso: estudar, tentar, errar, tentar de novo, e um dia, quem sabe, domar essa cabra de vez.
Eu gostei mais dos últimos de cada par, e o do bonde...e você?
Eu gostei mais dos últimos de cada par, e o do bonde...e você?