Logo quando entrei na faculdade tive contato, assim como todo estudante de arquitetura, com a obra de Frank Lloyd Wright. E associado ao nome, vem a sua mais famosa obra, a Fallingwater, ou Edgar J. Kaufmann House. Um ícone da arquitetura do século XX e um ponto de partida para uma paixão pela obra desse grande mestre. E com o conhecimento da arquitetura dele veio a identificação com seus desenhos, principalmente depois que eu comprei um livro chamado Frank Lloyd Wright Drawings, by Bruce Brooks Pfeiffer (isso já no 4 ano da faculdade). Esse livro é uma compilação dos desenhos de toda a carreira de Wright, dos croquis de estudo às perspectivas de apresentação.
Perspectiva feita no meu primeiro estágio, 1995. |
Perspectiva para trabalho da faculdade. |
Quando pensei na influência que esses desenhos tiveram sobre mim, me veio à cabeça a maneira de fazer céus, gramados ou sombras, através de traços feitos à régua. Desenho linear levado ao extremo, ou seja, linhas até pra preencher áreas. Eu fiz isso em várias ocasiões – eu achava uma forma rápida de dar acabamento.
Hoje eu vejo que essas áreas todas feitas com traços à régua são úteis, além da velocidade de preenchimento, para 'chapar' uma área. Por exemplo, quando FLLW cobre uma montanha toda com tracinhos na vertical, acaba 'juntando' tudo visualmente e assim torna a leitura da imagem mais limpa. E através da direção dos traços enfatiza a horizontalidade (característica de sua obra), ou a verticalidade, quando é conveniente. (veja este desenho)
Hoje eu vejo que essas áreas todas feitas com traços à régua são úteis, além da velocidade de preenchimento, para 'chapar' uma área. Por exemplo, quando FLLW cobre uma montanha toda com tracinhos na vertical, acaba 'juntando' tudo visualmente e assim torna a leitura da imagem mais limpa. E através da direção dos traços enfatiza a horizontalidade (característica de sua obra), ou a verticalidade, quando é conveniente. (veja este desenho)
Prancha da minha tese de graduação |
Preciso fazer isso mais vezes, embora em uma ocasião eu tenha feito em um empreendimento e o incorporador não comprou a idéia. Ele disse: "porque você não foi com o céu até o fim? " Balde água fria... Mas de certa forma ele tinha razão – se achou alguma coisa estranha é porque havia alguma coisa que eu não soube transmitir. Frank Lloyd Wright saberia.