27 novembro 2014

Sentado na arquibancada do estádio, esperando o show começar...

"Sitting in the stand of the sports arena, waiting for the show to begin..."
Assim começa a música Venus and Mars, do Sir Paul McCartney que, novamente, serviu de trilha mental para eu fazer um rápido desenho do estádio alguns minutos antes de começar o show da turnê Out There.
Em 2010 estive no Morumbi para me emocionar enquanto ouvia as músicas dos Beatles e os clássicos do The Wings...era a primeira vez que eu ouvia Paul McCartney ao vivo. Foi inesquecível.
Naquela ocasião eu desenhei também. Fiz dois sketches que você pode ver neste post. Um deles é este abaixo:

Em 2012 também desenhei enquanto esperava o show do Roger Waters...sempre comento por ai sobre a expressão que ouvi de um sujeito que estava atrás de mim..."Não é mais fácil ele tirar uma foto??". Leia mais neste post.
Na última terça, fiz um único desenho apenas, e muito rápido, enquanto tomava uma merecida cerveja após ficar quase 3 horas na fila sob chuva forte e ininterrupta fora da Allianz Arena, o novo estádio do Palmeiras.
Usei uma caneta Faber Castell Roller 0,7mm.
Aliás, que belo estádio! Mas o som...
Ah, o som foi decepcionante!
Do ponto onde estávamos, estava baixo, abafado e cheio de eco. Se passavam alguns segundos até que nós identificássemos as músicas.
Após ouvir duas ou três, eu desci a arquibancada e me posicionei em frente a uma das saídas, sob olhares furiosos das pessoas a minha volta. "Sinto muito!" eu disse.
E então, a mágica aconteceu novamente...música após música, o simpático e enérgico 'velhinho' nos emocionou e nos fez pular e dançar, sorrir e chorar!
Foi maravilhoso, novamente, meu querido Paul.

"And in the end, the love you take is equal to the love you make..."

24 novembro 2014

O Velhão!

Sábado, dia 15 de novembro, estive com um grupo de colegas no complexo "O Velhão", ao norte da cidade de São Paulo, para o 42º Encontro de Urban Sketchers São Paulo. Recebemos duas colegas do grupo-irmão Croquis Urbanos, de Curitiba.
Empolgado, principalmente no início, fiz vários desenhos seguindo diferentes abordagens e técnicas.
O primeiro desenho (acima), talvez o mais bem sucedido, foi feito somente com canetas de tinta preta, acompanhando as formas elaboradas da original arquitetura do local, com destaque para a escada caracol de ferro.
O segundo desenho foi um sketch rápido de uma cena a partir do segundo pavimento de uma das construções, onde me chamou a atenção os telhados antigos, que formavam caminhos tortuosos de telhas.

Em seguida fiz um sketch com marcadores de um canto muito pitoresco, cheio de contrastes interessantes. Gostei bastante do resultado, mas achei o poste pesado na composição.
 Mais tarde, após nosso almoço, fiz mais um desenho com marcadores do espaço do restaurante. A idéia era boa, mas não fiquei muito feliz com o resultado...bem, pelo menos segui uma linha diferente do meu trivial.
O último desenho foi feito quando eu já estava um pouco cansado, apesar da vista promissora! E me lembrei do post que fiz recentemente, onde comentei dos 5 estágios do processo criativo. Posso dizer que vivi claramente àquela sequencia! Permaneci por um bom tempo naquela fase 'puts, ferrei com tudo', quando comecei a dar algumas 'pinceladas' com a caneta preta no fundo...mas tentei manter o controle, e fechei o caderno antes que estragasse tudo. Hoje, olho para esse desenho e o acho ousado, porém nada além disso. Mas talvez ainda esteja influenciado por aquele olhar crítico...
Foi um dia agradável!
Este é um daqueles lugares que dá vontade de sempre retornar para experimentar diferentes abordagens, explorando suas incontáveis possibilidades de desenhos!




Uma 'selfie' do grupo

14 novembro 2014

Curso do Bajzek: Técnicas, Fundamentos e Conceitos

Estudos de projeto feitos com canetas marcador

O Curso do Bajzek foi criado para proporcionar ao aluno acesso a um profundo conjunto de informações sobre desenho, através de TÉCNICAS, FUNDAMENTOS E ABORDAGENS de forma muito prática e objetiva.
No curso são apresentadas 03 TÉCNICAS:
  • lápis grafite;
  • caneta marcador;
  • caneta marcador + lápis de cor.
Estas 3 técnicas são essenciais para auxiliar o aluno no desenvolvimento de suas ideias e na representação e comunicação das mesmas.
Junto ao desenvolvimento das técnicas, são apresentados inúmeros FUNDAMENTOS de desenho, sendo os principais:
  • plano e profundidade;
  • figura e fundo;
  • luz e sombra;
  • perspectiva;
  • composição.
No decorrer do curso, são ainda introduzidas diversas ABORDAGENS sobre desenho, tais como:
  • trabalhar do todo para a parte, do geral para o detalhe;
  • qualidades da linha;
  • qualidades do plano: base e textura;
  • linha x massa; 
  • ponto focal;
  • sugestão x descrição;
  • repetição por sugestão;
  • simetria por sugestão;
  • seleção por ênfase e exclusão.
Alguns dos conceitos descritos acima, são acessados somente em situações mais complexas, onde há mais fatores a serem 'destilados' pelo aluno: quando este vai à campo, fazer desenhos de observação direta, que corresponde ao terceiro dia do curso.
É claro que talvez o aluno não tenha tempo e oportunidade de trabalhar todos esses aspectos, mas certamente será apresentado a eles durante o curso, para que possa coloca-los em prática posteriormente.

As técnicas, fundamentos e abordagens são apresentados ao longo do curso em uma sequencia apropriada de TEMAS: planta baixa de arquitetura, fachada, perspectiva e desenho de observação. Essa sequencia foi obviamente estabelecida em ordem de dificuldade de execução: do plano bidimensional ao tridimensional, e enfim, à complexidade do real.

Este é um curso onde o aluno entra em contato direto com um abrangente conteúdo, que vai servir como alicerce para que ele possa fazer seus croquis ou sketches com propriedade e personalidade.

Abraços!

13 novembro 2014

Uma conexão longa em Paris...

Em setembro fiz uma viagem à Alemanha e Áustria, quando então inaugurei um sketchbook novo.
O primeiro desenho foi justo um sketch rápido da Torre Eiffel, feito durante uma conexão longa na cidade mais bonita do mundo. Que responsabilidade abrir o caderno com um tema tão significante e iconográfico!
Mas venci essa passageira sensação de desconforto, sem grandes preocupações com o resultado.

Para não ficar preocupado com o resultado eu me apoiei em duas estratégias:
A primeira, de não postar na internet os desenhos deste sketchbook! Vou falar sobre isso em novo post em breve, pois você já viu que eu transgredi à minha própria regra...tsic.
A segunda, de me sustentar na anotação que aparece na contracapa do sketchbook. Trata-se de uma espécie de manifesto que li outro dia, no blog do Urban Sketchers, em um post do incrível Fred Lynch.

São as 5 etapas do processo criativo:
  1. This is awesome!;
  2. This is tricky;
  3. This is terrible;
  4. I'm terrible;
  5. This is awesome!
Em inglês primeiro, pois foi como eu absorvi isso, e cuja forma acho muito simples e direta.
Mas vai aqui uma tradução livre, seguindo minha própria visão sobre o assunto, com as devidas explicações para cada uma delas:
  1. Isso está incrível!
  2. Isso está complicado;
  3. Isso está péssimo;
  4. Eu sou péssimo;
  5. Isso está incrível!
  1. Você e o tema, a empolgação inicial; as primeiras linhas, ainda frescas e toda a leveza do inicio do processo;
  2. Logo em seguida, ou um pouco mais adiante, quando você já cometeu alguns erros, ou quando começa a sentir que esta se perdendo e que não sabe como vai terminar;
  3. Puts...já era, estraguei a coisa toda!;
  4. E com o suposto "fracasso" do trabalho, a autocrítica chega astuta e cruel;
  5. Aí é que está a grande chave para a questão: algum tempo depois de terminado o trabalho, um novo olhar, sem o envolvimento emocional do momento, pode trazer uma grata surpresa: uma admiração pelo resultado, que nasce junto com um certo respeito pelo processo de execução e que certamente lhe trará satisfação pessoal.
Isso significa dizer que, mais do que passar a impressão de que é preciso sofrer para crescer ("no pain, no gain!"), é fundamental que o artista desenvolva a paciência e o autocontrole, para que não se desespere e desista do trabalho. Porque, afinal de contas, depois de umas horas ou até alguns dias, seu trabalho vai acabar te trazendo prazer e satisfação.
É claro que as etapas acima descritas não acontecem sempre, ou necessariamente nessa ordem, e de qualquer maneira eu estou focando no assunto de urban sketching.

Por exemplo, às vezes sinto que eu pulo a etapa 1! Ou talvez ela se restrinja ao tema em si, apenas. Ou seja, já começo 'estragando', para não dizer outra palavra.
Já aconteceu também de começar bem (etapa 1), sentir que a coisa pode degringolar (etapa 2), e ousadamente mudar de rumos, finalizando com sucesso o trabalho (etapa 5)!

Enfim, tudo é uma questão de CONVICÇÃO.

Acredito que é preciso sempre evitar as fases 3 e 4, quando tudo se coloca a perder.
Mas se isso por ventura acontecer:

10 novembro 2014

41º Encontro de Urban Sketchers Sao Paulo - Parque da Luz

No domingo dia 1º, estivemos no Parque Jardim da Luz para mais uma sessão de desenho ao ar livre, no 41º Encontro de Urban Sketchers São Paulo.
Eu fiz 3 aquarelas, sendo que dessa vez a primeira foi a mais bem sucedida (ao contrário do último post, onde eu acertei a mão somente no final da sessão do Sketchjams).

Estava muito calor, e pintar nessas condições ao ar livre é muito difícil. Lembro exatamente da mesma sensação à 4 anos atrás, quando fiz a aquarela abaixo...

Naquela época eu ainda perdia muito tempo desenhando...elaborando a base, lapidando o desenho e fazendo ainda vistas muito abrangentes e complexas. Por isso, quando ia pintar eu já estava cansado. Hoje procuro ser mais objetivo, chegando à pintura o quanto antes e escolhendo temas mais simples.
No caso da aquarela do inicio do post, eu busquei apenas a cobertura do coreto: mais fácil desenhar e onde estava todo o interesse e o contraste que eu precisava.


SketchJams nº50!

Semana passada estive na comemoração da 50º edição do SketchJams, o encontro de desenho em bares da cidade, com tema de Jazz e outros gêneros musicais de qualidade.
Após andar o dia todo pela cidade, resolvendo várias coisas, eu quis ser objetivo e desenhar bastante, de forma a aproveitar bem meu tempo.
Sentei em um lugar privilegiado, ao lado do pianista e muito próximo a ele. Daquele ângulo, entretanto, não tinha boa visão do baixista, mas tudo bem.
Fiz vários desenhos, encabulado (comigo mesmo) no inicio com minha falta de destreza no desenho da figura humana. Mesmo assim insisti e segui em frente, e no final terminei até que bastante contente com o resultado geral, cuja 'média' subiu graças ao meu último desenho.
Descobri que a regra de ouro para mim nesse caso é: desenhe com lápis. Desenhando com lápis eu posso fazer ajustes e  trabalhar com massas, da forma como aprendi com meu mestre Takiguthi. É muito difícil para mim ainda desenhar rostos direto à caneta, 'encaixando' de primeira....enfim, quem sabe no futuro.


Foi uma noite muito agradável e divertida, e como sempre, saí com a sensação de que eu deveria vencer a preguiça e ir muito mais a esses encontros!
 
Este foi meu desenho preferido da noite...